Jornal Estado de Minas

Terremoto no Japão deixa 10 feridos e poucos danos

Um terremoto de 7,3 graus de magnitude abalou nesta sexta-feira a costa nordeste do Japão, e foi sentido em Tóquio, deixando dezenas de feridos, além de uma onda de um metro.


Poucos minutos após os primeiros tremores, as autoridades afirmaram que as centrais nucleares atingidas pelo terremoto e tsunami de 2011 não foram afetadas. De modo geral, não foram registrados estragos importantes nas regiões.


O terremoto, que abalou os prédios de Tóquio, a centenas de quilômetros do epicentro, aconteceu às 17h18 locais (6h18 de Brasília) na costa nordeste, a 10 km de profundidade, segundo a agência de meteorologia nipônica.


Várias regiões do Japão sentiram o tremor, em particular os municípios afetados pelo terremoto de 9 graus registrado em 11 de março de 2011 e que provocou um maremoto de proporções catastróficas, com a morte de 20.000 pessoas e a destruição parcial da central nuclear de Fukushima.


Às 19h45 (8h45 no horário de Brasília), a televisão pública NHK informou sobre dez feridos em Tohoku, entre eles uma septuagenária na cidade costeira de Ishinomaki, hospitalizada depois de cair ao fugir. Uma mulher de 36 anos ficou ferida pela queda de um armário.


A agência meteorológica garantiu que o sistema para prevenir a população da iminência de um terremoto havia funcionado bem. Alguns segundos antes do tremor, as autoridades e as emissoras lançaram um sinal para avisar aos habitantes das regiões afetadas.


As autoridades emitiram um alerta de tsunami ao longo de 500 kms da costa nordeste do país, que poderia registrar ondas de até dois metros em alguns pontos.


Mas, duas horas depois do tremor, as autoridades suspenderam o alerta.


Uma série de ondas, a maior delas de um metro, atingiu três municípios de Tohoku (Miyagi, Iwate e Fukushima), segundo a agência.


A NHK acrescentou que 5.000 pessoas haviam deixado suas casas para um lugar mais alto em Miyagi.


"Nós pedimos para que as pessoas fossem para áreas mais altas, por meio do canal de rádio especial para catástrofes", disse à AFP um funcionário do município de Minamisanriku, região costeira que foi arrasada pelo tsunami de 2011 (distrito de Miyagi), quando o alerta ainda estava em vigor.


"Já está muito escuro e não podemos ver se as pessoas deixaram suas casas. Telefones, fixos e celulares, não funcionam, o que complica ainda mais as coisas", continuou Ryuichi Omori.


"O terremoto não foi enorme, mas durou bastante tempo. Não tem nada a ver com o do ano passado", acrescentou o funcionário municipal.


No canal de televisão NHK, um apresentador repetia sem parar: "Lembrem do terremoto e tsunami do ano passado. Avisem aos seus vizinhos e fujam imediatamente para as partes altas".


A Autoridade de Regulação Nuclear assegurou que as três centrais nucleares do nordeste do país, Fukushima Daiichi - muito afetada pelo tsunami de 2011 -, Fukushima Daini e Onagawa, não parecem ter sido atingidas.


O terremoto surpreendeu o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, em plena campanha eleitoral, a nove dias das eleições legislativas.

Ele retornou imediatamente para seu gabinete em Tóquio.


A agência Jiji informou que os trens de alta velocidade Shinkansen com destino ao nordeste do país tiveram as viagens interrompidas. Uma parte do serviço já foi restabelecida.


O tráfego foi completamente parado na principal estrada de Tohoku.


Os dois principais aeroportos da capital, Narita e Haneda, funcionavam normalmente após o terremoto. Mas as operações foram interrompidas no de Sendai, a capital do distrito de Miyagi, onde centenas de passageiros precisaram deixar o local, segundo a NHK.

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