A principal plataforma de oposição síria está disposta a aceitar uma transição política, mas sem a participação do presidente Bashar al-Assad e seu gabinete.
"Aceitaremos qualquer solução política que não incluía a família Assad e os que prejudicaram o povo sírio. Tirando isso, todas as opções estão sobre a mesa", declarou Walid al Buni, porta-voz da Coalizão Nacional Síria (CNS).
"Nossa primeira condição para isso (a família Assad e os altos cargos do regime) é que deixem o país", enfatizou Al Buni, segundo a tradução para o inglês de suas declarações durante uma coletiva de imprensa em Istambul.
O emissário internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, pediu nesta quinta-feira uma mudança real com um governo de transição com plenos poderes que dirigiria o país até a realização de eleições, com o objetivo de acabar com 21 meses de conflito.
Brahimi não informou o que aconteceria com o presidente sírio Bashar al-Assad, nomomento em que a Rússia desmentiu ter concluído um acordo com os Estados Unidos para que o presidente permaneça em seu cargo até o fim de seu mandato atual, em 2014, sem poder ser candidato à reeleição.
A violência na Síria deixou mais de 45 mil mortos, em sua maioria civis, desde o início da mobilização contra o regime de Assad, há 21 meses, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG opositora radicada no Reino Unido e que se baseia em uma ampla rede de ativistas e fontes médicas.
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