A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou nessa quinta-feira que a onda de saques a supermercados ocorrida na semana passada é resultado de uma campanha para desestabilizar o governo orquestrada por sindicalistas e membros da oposição.
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Cristina Kirchner reabre embate com ruralistasSindicatos se mobilizam outra vez contra governo de Cristina KirchnerCristina Kirchner diz que reza pela melhora de ChávezErros de Cristina Kirchner são mal usados por rivaisKirchner vinculou os ataques da semana passada a "setores políticos e sindicais" que querem derrubar o governo: "há uma cartilha para saques, violência e desestabilização que tem uma história e que inaugurou seu primeiro capítulo no final do governo do doutor (Raúl) Alfonsín".
O finado presidente Alfonsín (1983/89) liderou a transição democrática após o final da ditadura, mas teve que renunciar cinco meses antes do final do mandato devido à grave crise econômica.
A onda de saques começou na quinta-feira, em Bariloche, mas logo se alastrou pela periferia de Buenos Aires e por outras cidades da Argentina, matando quatro pessoas e deixando centenas de feridos.
"Os saques e a articulação dos setores políticos e sindicais com segmentos marginais nada tem a ver com a política ou o peronismo (...). A todos que não concordam com meu governo, peço que protestem em paz. Que formem um partido político e disputem eleições, mas não utilizem a marginalidade".
O governo acusa os líderes sindicais Hugo Moyano e Pablo Miceli de promover a onda de saques para desestabilizar a administração Kirchner.
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