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Berlusconi diz que é perseguido por juízas "feministas"

Agência Estado

- Foto: AFP PHOTO / TIZIANA FABI

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, atacou o judiciário italiano nesta quarta-feira, ao dizer que é perseguido por um grupo de magistradas "feministas e comunistas" porque foi obrigado a pagar uma pensão diária de 200 mil euros (US$ 260 mil) à sua segunda ex-esposa, a atriz Veronica Lario. Os comentário de Berlusconi, de 76 anos, atraíram novamente as atenções para o magnata em um período de disputa eleitoral na Itália - que terá eleições gerais em 24 e 25 de fevereiro. Berlusconi assinou um documento prometendo ao seus aliados do partido Liga do Norte, da extrema direita, não disputar o cargo de premiê se sua coalizão de centro-direita vencer as eleições - ele deverá ser eleito, contudo, deputado.

A mídia italiana informou no ano passado que o divórcio de Berlusconi e Veronica Lario custou ao magnata € 36 milhões por ano. Isso significaria 3 milhões de euros por mês e cerca de 100 mil euros diários.

"Essas três juízas são feministas e comunistas, certo?" disse Berlusconi aos jornalistas. "Essas são juízas milanesas que me perseguem desde 1994!" gritou o magnata.

O presidente da Associação Nacional de Magistrados da Itália, Rodolfo Sabellio, disse que as acusações de Berlusconi são "inaceitáveis" e afirmou que é um direito do magnata apelar da sentença judicial, se achar que é seu direito. Berlusconi disse que a sentença é "injusta" e apelará nos tribunais.

Berlusconi, um magnata da mídia italiana, tem uma fortuna e um patrimônio estimados em 5,9 bilhões de euros - o suficiente para figurar em 169º lugar na lista de bilionários da revista Forbes.

Berlusconi e Veronica Lario se casaram em 1990 e têm dois filhos e uma filha já adultos. O magnata tem outro filho e outra filha do seu primeiro casamento com Carla Dall'Oglio, da qual se divorciou em 1985. Em outubro do ano passado, o ex-premiê foi condenado por evasão fiscal, mas recorreu da sentença e por isso aguarda em liberdade.