A oposição venezuelana lamentou nesta sexta-feira que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, tenha aceitado o adiamento por tempo indeterminado da posse do presidente Hugo Chávez e ressaltou que a organização deveria ter se pronunciado depois de ouvir seus argumentos em uma audiência marcada para terça-feira.
Insulza "não deveria ter se precipitado ao se referir ao fundo da questão sem tê-la ponderado e sem ter recebido nossos argumentos" durante uma audiência que concedeu à MUD para 15 de janeiro, acrescentou.
Chávez, hospitalizado em Cuba devido a uma recorrência do câncer do qual sofre desde 2011, deveria reassumir o poder na quinta-feira, 10 de janeiro, diante do Parlamento depois de ter sido reeleito em 7 de outubro, mas na quarta o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) decidiu que ele tome posse quando estiver em condições.
Nesta sexta, Insulza considerou que o debate em torno da posse de Chávez "já foi resolvido pelos três poderes do Estado da Venezuela: o Executivo estabeleceu, o Legislativo debateu, e o Judiciário resolveu", disse em declarações reproduzidas pela Organização de Estados Americanos (OEA).