Visto que a Síria não faz parte da ICC, o único tribunal de crimes de guerra permanente do mundo, uma consulta do Conselho de Segurança da ONU é necessária para que a corte investigue os crimes cometidos no conflito que de 22 meses.
Alguns países argumentam, porém, que a decisão de levar o caso irá fornecer ao presidente sírio, Bashar al-Assad, mais uma razão para permanecer no poder.
Nesta sexta-feira, quatro membros da União Europeia pediram à ONU para fazer referência sobre a crise da Síria à corte internacional em uma carta conjunta divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores da Áustria. "Horrorosos crimes de guerra já foram cometidos durante o conflito na Síria, mas não houve consequências para os autores", escreveram os ministros das Relações Exteriores da Áustria, Dinamarca, Irlanda e Eslovênia na carta.
"Tendo em vista as graves preocupações acima mencionadas, e a falta de repressão na Síria, pedimos ao Conselho de Segurança da ONU para fazer referência urgentemente sobre a situação na Síria na ICC", destaca a carta.
A ONU acredita que mais de 60 mil pessoas morreram desde o início da revolta em março de 2011, com cerca de 600 mil sírios registrados como refugiados na região.