A Rússia pediu neste sábado por uma transição política na Síria um dia depois de o representante Especial Conjunto das Nações Unidas e da Liga Árabe sobre a Crise Síria, Lakhdar Brahimi, se reunir com o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, e o vice-secretário de Estados dos EUA, William Burns. Aviões de guerra do regime sírio realizaram ataques aéreos perto da capital e um carro-bomba explodiu em Damasco, enquanto homens armados mataram um campeão de atletismo, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
"Na nossa opinião, a tarefa prioritária é interromper imediatamente qualquer violência e derramamento de sangue, bem como fornecer aos sírios, incluindo deslocados internos e refugiados, ajuda humanitária", disse o Ministério das Relações Exteriores russo. "Ao mesmo tempo, é necessário assegurar o lançamento de um processo de transição política na Síria destinada a garantir lei e os direitos iguais para todos os grupos étnicos-confessionais do país", acrescentou o ministério.
A Rússia, um importante aliado da Síria, também reiterou seu apoio ao plano de transição que foi aprovado em Genebra em junho do ano passado, mas que desde então tem dividido os poderes mundiais. Bogdanov também se reuniu com uma delegação síria comandada por Michel Kilo, um proeminente ativista antirregime que se opõe à intervenção estrangeira na Síria, e prometeu manter os "contatos ativos" com Damasco e a oposição, afirmou o Ministério. Pelo menos 77 pessoas morreram na violência na Síria, a maioria delas civis, disse o Observatório