Caças franceses bombardearam um reduto rebelde islamista no Norte do Mali. Ao mesmo tempo, o governo da França enviava mais tropas para a capital do país, Bamako, enquanto aguarda a chegada de uma força de países do Oeste africano para desalojar rebeldes ligados à rede Al-Qaeda que ocupam áreas do Norte malinês. O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, disse que a intervenção da França na sexta-feira, bombardeando um comboio de combatentes islâmicos fortemente armados, impediu que eles tomassem a capital do Mali. Países ocidentais argumentam temer que islamistas possam usar o Mali como base de ataques contra o Ocidente, formando uma rede com os militantes da Al-Qaeda no Iêmen, na Somália e no Norte da África.
O clima ontem em Bamako estava tranquilo. Alguns carros passavam com bandeiras da França nas janelas para celebrar a intervenção francesa, que foi solicitada pelo presidente do Mali, Dioncounda Traoré. O dirigente francês François Hollande deixou claro que a meta da França no Mali é apoiar o envio de uma missão da África Ocidental para retomar o Norte, plano que é apoiado pela Organização das Nações Unidas, a União Europeia e os Estados Unidos.
No sábado, depois de abrir uma frente contra islamistas ligados à Al-Qaeda, a França montou um ataque para liberar um agente secreto de sua segurança, feito refém desde 2009 na Somália e mantido prisioneiro por militantes da Al Shabaab, aliada da Al-Qaeda, mas não conseguiu resgatá-lo. O minitro Le Drian informou que Denis Allex foi morto por seus sequestradorse, bem como um soldado francês. Um outro soldado estava desaparecido. No entanto, comunicado da Al Shabbab negou a informação, garantindo que Allex está vivo. Na sexta-feira, um piloto francês foi morto quando rebeldes malineses atiraram em seu helicóptero.