A viúva de uma das vítimas do massacre em um cinema dos Estados Unidos está processando uma psiquiatra por negligência, por não ter levado o suposto atirador à prisão, apesar de ele ter "fantasiado sobre matar um monte de gente".
A ação judicial, que também cita a Universidade do Colorado, alega que a Dra. Lynne Fenton aconselhou a polícia do campus sobre suas preocupações em relação a James Holmes, depois que ele contou a ela sobre sua fantasia em junho do ano passado.
Os policiais se ofereceram para detê-lo para uma avaliação psiquiátrica, mas ela recusou, e ele realizou um ataque em um cinema de Aurora, no Colorado, semanas depois, no dia 20 de julho, matando 12 pessoas e ferindo ao menos 58.
Holmes, um estudante de doutorado em neurociência prestes a deixar a universidade, disse a Fenton "no dia 11 de junho de 2012 que ele fantasiava sobre matar um monte de gente", afirma o processo.
Fenton "sabia que James Holmes era perigoso" e "tinha o dever de utilizar todos os cuidados razoáveis para proteger o público em geral de James Holmes", ressalta o documento, apresentado por Chantel Blunk, cujo marido Jonathan morreu no tiroteio.
"Fenton teve a oportunidade de agir com um cuidado razoável quando a polícia da universidade do Colorado se ofereceu para deter James Holmes" para avaliação psiquiátrica, disse.
Mas alegou que Fenton "rejeitou a ideia" e, portanto, "violou o seu dever de ter um cuidado razoável".
Holmes, agora com 25 anos, irá a julgamento pelo massacre, um dos piores tiroteios em massa na história dos Estados Unidos, que reavivou o debate no país sobre o controle de armas.