A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) formou uma força de intervenção, conforme uma resolução da ONU, para ajudar Bamaco a retomar o controle do Norte do Mali, ocupado por grupos islamitas armados que multiplicaram seus abusos.
Esta força, a Missão Internacional de Apoio ao Mali (Misma), será liderada por um general nigeriano, Shehu Abdulkadir. Ela contará com mais de 3.000 homens.
Cerca de 2.000 soldados são esperados até 26 de janeiro em Bamaco.
A França, por sua vez já enviou 1.400 homens ao Mali, um número que deve rapidamente alcançar 2.500 soldados.
A União Europeia aprovou nesta quinta-feira uma missão que terá como objetivo formar e reorganizar o exército malinense. A missão será composta por 450 homens, entre eles 200 instrutores.
Países europeus poderão decidir em dar apoio logístico, mas também colocar à disposição soldados, segundo o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabious.
Detalhes dos nove países africanos que participam da Misma:
- NIGÉRIA: 900 homens. Uma companhia de cerca de cem soldados chegará nesta quinta em Bamaco. Um Estado-Maior já foi apresentado na capital do Mali.
- TOGO: 540 homens (um batalhão de infantaria). Um primeiro grupo de 100 soldados deixou Lomé nesta quinta. A totalidade do contingente deve chegar em Bamaco até o fim da semana.
- NÍGER: 500 homens (um batalhão), que está atualmente na região de Uallam (ao norte de Niamey), próximo da fronteira com o Mali.
- BURQUINA FASO: 500 homens (um batalhão), que deve ser posicionado na região de Markala (260 km ao noroeste de Bamako), onde soldados franceses já estão acampados, "mas este local poderá ser mudado", segundo uma fonte próxima do Estado-Maior.
- SENEGAL: 500 homens.
- BENIN: 300 homens.
- GUINÉ: 125 homens.
- GANA: 120 homens.
- CHADE: N'Djamena, que não faz parte da Cedao, prometeu um contingente de 2.000 homens, formado por um regimento de infantaria e dois batalhões de apoio. Cerca de 200 homens das Forças Especiais chadianas partiram na quarta-feira para Niamey.
O Reino Unido, os Estados Unidos, a Dinamarca, a Bélgica e a Alemanha prometeram ajudar a Misma na parte do transporte (aviões) e do apoio logístico (combustível, mantimentos).