O novo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, afirmou esta quinta-feira que o presidente Hugo Chávez está à frente do governo e que sua nomeação para o cargo, esta semana, é uma prova disso, em declarações a uma rádio colombiana.
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Capriles quer que Chávez prove que está no comandoChávez agradece "lealdade" das Forças ArmadasChávez nomeia Elías Jaua ministro das Relações ExterioresVenezuela diz que não há previsão para retorno de ChávezCorte da Venezuela descarta envio de médicos a Cuba para avaliar saúde de Chávez Vice diz que Chávez sai do pós-operatório para nova fase do tratamento"O presidente da República é quem nomeia ou remove ministros, ninguém mais pode fazê-lo. Nem o vice-presidente, Nicolás Maduro, poderia me nomear nem eu aceitaria uma nomeação que não fosse do presidente", argumentou.
"Nem o vice-presidente Maduro nem eu cometeríamos tamanha irresponsabilidade", destacou Jaua, que exerceu a vice-presidência até poucos dias antes de Chávez ser reeleito nas presidenciais de outubro.
Maduro anunciou na terça-feira que Chávez, hospitalizado há mais de um mês em Havana, teria nomeado Jaua à chancelaria e à vice-presidência política do governo (uma das cinco vice-presidências setoriais), após retornar na segunda-feira de Havana, onde se reuniu com o presidente.
Posteriormente, o líder opositor Henrique Capriles pediu que se Chávez pode assinar decretos como o desta nomeação, também faça uma comunicação pública ao país.
Na entrevista por rádio, Jaua pediu à oposição que respeite a "legitimidade e a legalidade" do governo venezuelano e que abandone "o caminho de gerar fracasso e incerteza".
Hugo Chávez devia assumir seu novo mandato em 10 de janeiro, mas os poderes Legislativo e Judiciário lhe deram tempo indefinido para que se recupere da quarta cirurgia que fez para combater um câncer.
A oposição considera esta decisão ilegal e pede que se declare a "falta temporária" do presidente, que depois de seis meses de ausência conduziria a novas eleições.
O chanceler Jaua ratificou que a Venezuela manterá seu papel de acompanhante nos diálogos de paz que o governo colombiano celebra desde novembro em Havana com a guerrilha comunista das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Certamente vamos seguir apoiando tudo o que o governo colombiano requisitar para alcançar o objetivo da paz para o povo colombiano", disse Jaua, que não quis antecipar os temas de sua entrevista de sexta-feira em Caracas com a chanceler colombiana, Maria Angela Holguín.
"Não quero dar uma informação antes que a chanceler informe ao seu país", sustentou.