A justiça espanhola investiga um segundo caso de "bebês roubados", em que estaria envolvida uma religiosa de 87 anos, a primeira pessoa a ser indiciada no escândalo que teria afetado milhares de pessoas, afirmou nesta sexta-feira o advogado encarregado do caso.
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A religiosa esteve, pela primeira vez, perante o juiz no dia 12 de abril durante uma investigação sobre o roubo de uma bebê em 1982, na clínica Santa Cristina de MadriLuísa, onde trabalhava a freira.A mãe da bebê, María Luisa Torres, que voltou a encontrar sua filha em 2011, acusa a freira de roubar a menina, que lhe confiou temporariamente em troca de remuneração, até que se encontrasse numa situação econômica mais confortável.
O escândalo dos bebês roubados saiu à luz em 2010, com as primeiras testemunhas de adultos que decidiram tirar o véu do silêncio sobre o assunto.Segundo diferentes associações, cerca de 1.500 denúncias foram apresentadas em toda a Espanha. Uma destas organizações chamadas Anadir considera que cerca de 300 mil bebês teriam sido roubados durante a ditadura de Franco (1939-1975) até o início dos 80 na Espanha, que não contava com uma lei de adoções até 1987.
Frente a este escândalo, as autoridades tomaram medidas para favorecer as buscas das famílias como a exumação de corpos.