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Estado de Minas

Incerteza sobre estrangeiros sequestrados na Argélia após violento resgate


postado em 18/01/2013 20:46 / atualizado em 18/01/2013 20:58

Vários estrangeiros ainda estavam desaparecidos nesta sexta-feira após a operação lançada pelo Exército argelino para libertar os reféns de um comando islamita em um campo de gás do Saara, que teria deixado diversos mortos.

O portal mauritano ANI, usado frequentemente como canal por grupos islamitas, indicou que sete estrangeiros - três belgas, dois americanos, um japonês e um britânico - seguiam em poder do comando ligado à rede Al-Qaeda.

Uma fonte de segurança argelina indicou dez estrangeiros ainda mantidos reféns pelo comando.

Segundo essa fonte, citada pela agência oficial argelina APS, "além dos 18 terroristas eliminados, 12 funcionários argelinos e estrangeiros morreram" na operação lançada na quinta-feira pelas forças especiais no campo gasífero de Tiguentourine, perto de In Aménas, 1.300 km a sudeste de Argel.

Informações anteriores da APS haviam indicado que a operação tinha levado à libertação de 573 reféns argelinos e de cerca de 100 estrangeiros, acrescentando que havia 30 estrangeiros desaparecidos.

Trabalhavam nesse local centenas de argelinos, assim como pessoal americano, britânico, japonês, norueguês, filipino e um irlandês.

Os islamitas explodiram parte das instalações para tentar impedir a incursão e levaram seus reféns para outro local, segundo a ANI.

Algumas horas antes, o portal havia indicado que o grupo, denominado "Aqueles que assinam com sangue", propunha trocar seus reféns por dois presos nos Estados Unidos sob acusações de terrorismo e exigia que a França negociasse o fim da operação militar lançada este mês contra os islamitas do Mali.

Alguns estrangeiros que conseguiram fugir contaram que os islamitas tinham colocado coletes de explosivos nos reféns.

Várias capitais ocidentais criticaram a operação de resgate por considerar que as autoridades argelinas haviam atuado com precipitação, colocando os reféns em perigo.

Uma autoridade americana fez um apelo para que Washington "inste energicamente" as autoridades argelinas a considerarem a segurança dos reféns como sua prioridade.

O ministro das Relações Exteriores japonês convocou o embaixador argelino para pedir uma explicação sobre os fatos.

A usina de Tiguentourine, perto da fronteira líbia, é operada pela companhia de petróleo britânica BP, pela norueguesa Statoil e pela argelina Sonatrech.

O secretário de Defesa americano, Leon Panetta, pediu que os "terroristas" das regiões do Sahel e do Saara sejam combatidos.

"Os terroristas devem ser avisados de que não encontrarão santuário nem refúgio. Nem na Argélia, nem no norte da África, nem em qualquer outro lugar", declarou Panetta em um discurso no King's College, uma prestigiosa universidade londrina.

O ex-chefe da CIA afirmou que o governo de Barack Obama trabalha "dia e noite" para garantir o "retorno seguro" dos americanos retidos junto com dezenas de britânicos, japoneses, franceses, noruegueses e argelinos.

As autoridades argelinas haviam alertado de início que rejeitavam qualquer negociação com "terroristas".


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