O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou neste sábado uma semana particularmente sangrenta para as crianças na Síria, marcada pela morte de dezenas delas.
"Uma série de informações da Síria nesta semana destacam o terrível preço que as crianças pagam" no conflito que devasta o país há 22 meses causando, segundo a ONU, mais de 60.000 mortes, declarou Maria Calivis, diretora regional do Unicef para o Oriente Médio e o Norte da África.
"O Unicef condena estes incidentes nos termos mais fortes e, mais uma vez, apela as partes envolvidas no conflito para assegurar que os civis - especialmente as crianças - sejam poupados dos efeitos da guerra", prosseguiu, citada por um comunicado da agência da ONU.
Todos os dias desta semana, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) relatou a morte de crianças. A segunda-feira foi um dia particularmente sangrento, com 31 crianças mortas em todo o país.
Terça-feira, regime e rebelião acusaram-se mutuamente pela responsabilidade por um atentado contra a Universidade de Aleppo (norte), onde foram registradas 87 mortes, segundo o OSDH.
No mesmo dia, uma centena de civis, incluindo mulheres e crianças, foram mortos em um ataque do exército perto de Homs, no centro do país.
Quinta-feira, pelo menos sete meninas foram mortas em um ataque aéreo no sul de Damasco.
O OSDH, que conta com uma ampla rede de ativistas e médicos, identificou pelo menos 3.538 crianças mortas desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011.
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