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Estado de Minas

Desfecho sangrento para reféns em ofensiva final na Argélia


postado em 19/01/2013 21:37

Um total de 23 estrangeiros e argelinos morreu no resgate de reféns em uma usina de gás na Argélia que terminou este sábado com a morte de sequestradores islamitas em um ataque final das forças especiais argelinas.

Onze sequestradores mataram sete reféns estrangeiros antes da ofensiva final lançada pelas forças especiais argelinas em In Amenas (1300Km ao sudeste de Argel), onde centenas de argelinos e dezenas de estrangeiros foram feitos reféns na quarta-feira, informou a imprensa oficial.

Segundo um balanço provisório do Ministério do Interior, as forças especiais libertaram "685 funcionários argelinos e 107 estrangeiros" e mataram "32 terroristas", membros do grupo "Os que assinam com sangue", do argelino Mojtar Belmojtar.

Além dos 21 reféns mortos durante o cativeiro, duas pessoas - um argelino e um britânico - morreram em um ataque desse mesmo grupo islamita contra um ônibus que transportava funcionários para a usina na madrugada de quarta-feira.

Segundo a televisão pública argelina, citando autoridades militares, entre os sequestradores, estão islamitas "de nacionalidade líbia, holandesa, tunisiana, síria, egípcia, maliense, iemenita e canadense".

O presidente francês, François Hollande, considerou que a Argélia deu a resposta adequada já que "não poderia haver negociação" com os sequestradores.

Já o presidente norte-americano, culpou os terroristas pelas mortes dos reféns na Argélia, observando que o ataque foi um lembrete de que a ameaça da Al-Qaeda continua.

"Nos próximos dias, estaremos em contato com o governo da Argélia para ter uma maior compreensão do que aconteceu para que possamos trabalhar juntos e evitar tragédias como essa", acrescentou Obama em um comunicado.

Estrangeiros desaparecidos

Entre os reféns, cuja morte foi confirmada pelos países de origem, estão franceses, norte-americanos, romenos, e britânicos.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, disse que cinco britânicos e um morador da Grã-Bretanha morreram ou estão desaparecidos.

O presidente da Colômbia, Manuel Santos, afirmou que "tudo parece indicar" que um colombiano, funcionário da British Petroleum (BP), que morava em Londres, "estava entre o grupo de pessoas que morreu em um ônibus".

O grupo petrolífero norueguês Statoil, que explora a usina de In Amenas junto com o britânico BP e o argelino Sonatrach, falou em cinco noruegueses desaparecidos.

Tóquio informou que dez de seus cidadãos estão desaparecidos e o canal norte-americano NBC disse que o paradeiro de dois norte-americanos é desconhecido.

Um fotógrafo da AFP viu passar este sábado um caminhão com cinco caixões em direção ao hospital de In Amenas, onde estão os feridos.

Segundo fontes islamitas citadas pelo ANI, um site mauritano usado frequentemente como canal de comunicação por grupos islamitas, o grupo era liderado por Abdelrahman, o "nigeriano", e era formado por 40 pessoas próximas ao Níger.

Estas fontes sustentam que Belmojtar propunha a Paris e Argel negociar "o fim da guerra da França" no Mali. Também queria "trocar reféns norte-americanos" pelo egípcio Omar Abdel Rahman e a paquistanesa Aafia Siddiqui, presos nos Estados Unidos por terrorismo.

"Envolto em explosivos"

Os testemunhos dos reféns libertados foram se multiplicando. A esposa de um funcionário filipino, Ruben Andrada, contou que os reféns tinham sido envolvidos com explosivos e colocados em caminhões-bomba.

"Eles colocaram uma bomba nele, como um colar", relatou Andrada Edelyn a uma rádio de Manila. "Felizmente, a bomba instalada no caminhão não funcionou. Bombas em outros veículos explodiram e pessoas morreram", disse ela, acrescentando que o marido está sendo tratado no hospital.

Diante das críticas estrangeiras sobre como foi conduzida a ofensiva argelina, uma fonte governamental estimou que a operação, conduzida em condições "extremamente complexas", evitou um "verdadeiro desastre".

Segundo o comunicado do Ministério do Interior argelino, o exército recuperou um arsenal considerável, segundo o Ministério: "seis submetralhadoras, 21 fuzis, dois fuzis com mira telescópica, dois morteiros de 60 mm com munição, seis mísseis com rampa de lançamento, dois RPG7 com oito foguetes, 10 granadas dispostas em cintos explosivos".

Foram encontradas, além disso, "uniformes militares estrangeiros, munições e explosivos", acrescentou a nota.


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