Jornal Estado de Minas

Grupo de extremistas que atacaram na Argélia ameaça países que apóiam Mali

Agência Brasil
O grupo extremista, cujas traduções do nome variam entre Assinantes pelo Sangue, Luta contra o Sangue e Capuzes – comandado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, expulso da Al Qaeda do Magrebe Islâmico – assumiu a autoria do sequestro coletivo na Argélia, ameaça atacar os países que apoiam o combate à ação contra os grupos extremistas.
A ameaça, divulgada pela agência de notícias da Maritânia denominada ANI, dirige-se ao governo da França. Os franceses lideram a ofensiva no Mali contra os extremistas que ocupam o Norte do país e nove nações apoiam a ação.

"Prometemos mais operações nos países que participaram na cruzada contra Azawad , se não mudarem sua decisão", disse em comunicado o grupo liderado por Belmokhtar. No texto, os estremistas destacam os "irmãos muçulmanos" e a "necessidade de abandonarem os locais dirigidos por empresas estrangeiras, especialmente francesas, para pouparem suas vidas".

Na semana passada, o grupo atacou um campo de exploração de gás, em In Amenas, na fronteira entre a Argélia e a Líbia, e fez estrangeiros reféns. Ao final da operação, segundo o governo argelino, no total foram mortos 23 reféns argelinos e estrangeiros e 32 sequestradores.

Os grupos extremistas islâmicos, que representam três comandos distintos, ocupam o Norte do Mali, enquanto o governo tem o controle do Sul do país. A população se queixa da insegurança e das pressões por parte dos extremistas que aplicam a sharia, que é a aplicação dos preceitos islâmicos no cotidiano.