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Estado de Minas

Banco do Japão se submete às expectativas do Governo


postado em 22/01/2013 09:46

O Banco do Japão (BoJ) decidiu nesta terça-feira corresponder às expectativas do governo de direita japonês e se curvar às medidas muito desejadas pelo primeiro-ministro Shinzo Abe.

O BoJ, estatutariamente independente, também publicou um documento conjunto com o Governo no qual se compromete a lutar plenamente contra a deflação que mina de forma crônica a economia do país há 15 anos, e no qual se mostra a favor do crescimento, que patina por uma morosidade interior somada a uma conjuntura exterior flutuante.

"O Governo e o Banco do Japão entraram em acordo para aplicar conjuntamente uma política reforçada com o objetivo de acabar rapidamente com a deflação e permitir que o país alcance um crescimento econômico duradouro em um contexto de estabilidade dos preços", escreveram.

Passando da palavra à ação, o comitê de política monetária do BoJ adotou nesta terça-feira um objetivo de inflação de 2%, de acordo com as previsões governamentais.

Também decidiu aumentar a soma de compra de diversos ativos financeiros, entre eles obrigações do Estado, pela segunda vez consecutiva, sem limite de tempo, e manter sua taxa básica de juros entre 0 e 0,1%, o mesmo nível desde outubro de 2010.

Deste modo, o BoJ se compromete a lutar com mais força contra a deflação, tal como insistiu em diversos momentos Shinzo Abe, que antes de chegar ao poder, no fim de dezembro, insistiu para que estas medidas fossem tomadas sem demora.

Por sua vez, ao estimar esta política monetária mais determinada, completada no orçamento com um plano de estímulo massivo de 20,2 milhões de ienes (175 bilhões de euros), a metade desse valor proveniente do erário público, o Banco do Japão corrigiu suas previsões de progressão do Produto Interno Bruto (PIB).

Para o ano de abril de 2013 a março de 2014, estima agora que o crescimento econômico do Japão alcançará 2,3%, em vez do 1,6% anterior.

No entanto, o BoJ diminuiu sua avaliação para o ano 2012-2013, que acaba em março, por considerar que o PIB aumentará apenas 1%, em vez do 1,5% contemplado em previsões anteriores que datavam de outubro de 2012.

A deflação também deve ser mais forte neste ano em curso (com um retrocesso dos preços avaliado em 0,2%, contra 0,1%), mas espera-se uma inflação de 0,4% para o ano orçamentário que começará em abril.


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