O presidente de Cuba, Raúl Castro, assumiu nesta segunda-feira a presidência da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e considerou um "reconhecimento à obstinada luta" de seu país para sua independência.
"Para Cuba e para mim, é uma grande honra assumir a presidência temporária da Celac, sendo um reconhecimento à obstinada luta de nosso povo por sua independência", afirmou o irmão mais novo de Fidel Castro.
O presidente do Chile, o direitista Sebastián Piñera, entregou o comando a seu colega cubano e relembrou que "entre os objetivos desta presidência e desta mesa estão o de manter a unidade, promover o entendimento, defender a democracia e as liberdades".
O dirigente cubano se comprometeu em sua gestão a fomentar a unidade com base "na compreensão de nossa diversidade pelo objetivo comum de conseguir o bem-estar e a dignidade de nossos povos".
O propósito de Cuba, destacou, é contribuir "ao máximo para a consolidação do primeiro mecanismo de diálogo e integração que reúne as 33 nações independentes de nossa América".
A presidência cubana se comprometeu a "trabalhar em favor da paz, da justiça e também a desenvolver o entendimento entre todos os nossos povos com base no direito internacional, na carta da ONU e nos princípios fundamentais" de relação entre os países.
Também destacou que rejeitará "a ingerência, agressão, a ameaça e o uso da força", e que pretende potencializar "o diálogo, a concertação e a solidariedade" entre as nações da instituição.
A próxima cúpula Celac será realizada em 2014 na capital Havana.
Castro, assumiu a presidência da Celac, a maior organização de integração regional, em uma cúpula de chefes de Estado e de Governo que terminou nesta segunda em Santiago.
"Bem-vindo sr. Raul Castro, o parabenizo e lhe entrego o comando", afirmou o presidente do Chile, Sebastián Piñera, ao transmitir a presidência temporária por um ano da comunidade formada por 33 países da América Latina e do Caribe, criada em Caracas em 2011.
A partir desta segunda-feira, a Celac passa a ser formalmente conduzida por um grupo de países integrado por Chile, Cuba e Costa Rica, presidida por Havana, e ao qual se somará o Haiti, como membro da comunidade de países caribenhos (Caricom).