O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou sua "grave preocupação" com os informes de um ataque israelense contra a Síria, mas não pode verificar de forma independente o ocorrido, disse um porta-voz esta quinta-feira.
Além de um protesto junto às Nações Unidas, a Síria também se queixou do ataque no Conselho de Segurança, disseram fontes diplomáticas.
Ban recebeu a notícia do ataque com "grave preocupação", disse o porta-voz-adjunto da ONU Eduardo del Buey. "O secretário-geral chama todos os envolvidos a evitar tensões ou uma escalada da violência na região", acrescentou.
A Síria disse que o ataque da quarta-feira teve como alvo um centro de investigação militar. Também há informes que destacam que o ataque alcançou um comboio de armas na fronteira sírio-libanesa.
Enquanto o regime sírio ameaçou com represálias, Israel não fez comentários sobre os informes.
Segundo o porta-voz, as Nações Unidas não tinham detalhes do incidente, nem podiam "verificar de forma independente o que ocorreu".
Ban pediu a todas as partes para "respeitar estritamente o direito internacional, em particular com relação à integridade territorial e a soberania de todos os países da região".
O Conselho de Segurança da ONU está "monitorando" as tensões crescentes, disse em janeiro à imprensa Masood Khan, embaixador do Paquistão na ONU e presidente do Conselho.
"As coisas estão se desenvolvendo muito rápido, o incidente ocorreu. Recebemos uma comunicação do representante permanente da Síria", explicou.
O embaixador não deu detalhes da carta da Síria, mas disse que não continha um pedido para uma reunião especial do Conselho.