O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, pareceu pouco à vontade em sua primeira visita ao Cairo, durante a qual um alto funcionário da instituição teológica sunita Al-Azhar denunciou afirmações "inaceitáveis" de "xiitas" relativas a companheiros do profeta Maomé.
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Instituição islâmica pede que Irã não interfira em assuntos do GolfoEspecialistas da ONU convocam Irã a libertar jornalistasHollande: França e EUA pressionarão o Irã no tema nuclearManifestantes convocados por oposição egípcia se dirigem à praça Tahrir"Isso prejudica as relações entre os povos", acrescentou o xeque, provocando uma visível reação de desconforto do presidente iraniano e sua delegação.
"O presidente (iraniano) o aconselha a tratar o assunto de forma privada", disse a Shafie uma autoridade da Al-Azhar presente na coletiva de imprensa."Nós nos entendemos sobre unidade e fraternidade", concluiu, em árabe, Ahmadinejad, que normalmente se pronuncia em farsi.
Os sunitas repreendem especialmente os xiitas por terem denegrido Aicha, esposa de Maomé, acusando-a de ter se oposto a Ali, que os muçulmanos de confissão xiita consideram como primeiro imã, líder religioso que sucedeu Maomé.A visita do presidente iraniano à prestigiosa instituição teológica sunita Al-Azhar foi a primeira da história das duas nações.
Ahmadinejad iniciou nesta terça-feira uma visita ao Egito, a primeira de um presidente iraniano mm exercício desde o rompimento das relações diplomáticas entre os países em 1980.Esta visita faz parte de um plano multilateral. Ahmadinejad participará no Cairo de uma cúpula de países islâmicos que começa na quarta-feira na capital egípcia.