O Pentágono planeja estender alguns dos benefícios que concede a casais heterossexuais para os cônjuges de soldados homossexuais, informaram funcionários americanos esta terça-feira.

Espera-se que a decisão seja anunciada formalmente nos próximos dias antes que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, deixe o cargo, informaram funcionários que falaram sob a condição de manter sua identidade preservada.

No entanto, as fontes não puderam especificar quais benefícios serão concedidos aos casais de mesmo sexo que estiverem na atividade militar.

Desde que o Pentágono suspendeu, em setembro de 2011, a proibição para que gays declarados sirvam o Exército, o Departamento de Defesa tem lidado com interrogações sobre os benefícios aos casais de militares, já que precisam cumprir uma lei que proíbe ao governo federal conceder aos casais gays o mesmo status legal dos heterossexuais.

No entanto, as autoridades têm procurado formas de estender certos benefícios concedidos a casais heterossexuais sem violar a lei de Defesa do Matrimônio de 1996.

A decisão do Pentágono vai ao encontro do discurso de posse do presidente Barack Obama no mês passado, no qual defendeu pela igualdade de direitos para os "irmãos e irmãs gays".

Neste contexto, Obama pediu dias atrás à associação Boy Scouts que ponha fim à controversa proibição de ingresso de homossexuais.

"Minha postura é que gays e lésbicas devem ter acesso e as mesmas oportunidades do que qualquer outro em cada instituição e caminho da vida", disse em entrevista emitida antes do começo do Super Bowl, a noite de gala do futebol americano.

Defensores dos direitos humanos pediram que se dê aos cônjuges homossexuais cartões de identificação militar e acesso a programas de serviço às famílias e às lojas militares. O assunto esteve durante meses sob a revisão dos chefes dos serviços armados.