Jornal Estado de Minas

Bento XVI reforçou relações com os judeus, diz Netanyahu

AFP

O Papa Bento XVI melhorou as relações entre o cristianismo e o judaísmo, assim como entre o Vaticano e Israel, afirmou nesta segunda-feira em um comunicado o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

"Em nome do povo de Israel, dou graças por sua ação como Papa para reforçar as relações entre cristãos e judeus e entre a Santa Sé e o Estado hebreu", ressaltou Netanyahu em um comunicado em resposta ao anúncio de renúncia de Bento XVI na semana passada.

"Também agradeço a valente defesa dos valores do judaísmo e da cristandade e as raízes de nossa cultura comum", acrescentou o primeiro-ministro.

Na semana passada, o Grande Rabino asquenaze de Israel, Yona Metzger, também homenageou o Papa por ter contribuído com "uma diminuição dos atos antissemitas no mundo".

Para a comunidade judaica, uma das grandes conquistas de Bento XVI foi a exoneração do povo judeu da responsabilidade pela morte de Jesus.

Em um livro publicado em 2011, o Papa escreveu que "a aristocracia do Templo" em Jerusalém e "as massas", e não "o povo judeu em seu conjunto", eram responsáveis pela crucifixação de Jesus.

Nesta ocasião, Netanyahu comemorou o "valor" do Papa, enquanto outros líderes religiosos judeus consideraram se tratar de uma etapa essencial na luta contra o antissemitismo na Igreja.

Bento XVI anunciou na semana passada sua renúncia ao posto de líder da Igreja Católica em 28 de fevereiro.