O ex-piloto militar Julio Poch negou nesta segunda-feira sua participação nos chamados "voos da morte" da ditadura argentina (1976-1983), durante seu depoimento no julgamento que investiga 30 casos de presos políticos jogados ao mar.
"Não tive nada a ver com os voos da morte e não confessei porque não tenho nada a confessar", afirmou Poch ante o tribunal Oral Federal número 5 de Buenos Aires.
O ex-tenente, que foi detido e extraditado da Espanha, assegurou, além disso, que jamais esteve na Escola Mecânica da Armada (ESMA), um dos maiores centros clandestinos de prisão da ditadura e por onde passaram cerca de 5.000 prisioneiros.
A ditadura argentina deixou cerca de 30.000 desaparecidos, segundo entidades humanitárias.