O joalheiro italiano Claudio Franchi não perde a esperança de que o anel papal que criou há quase oito anos para Bento XVI seja conservado, apesar da tradição, que estabelece que seja destruído no dia 28 de fevereiro, último dia do pontificado de Joseph Ratzinger.
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eu antecessor, João Paulo II, utilizava um anel simples de ouro com a cruz. O anel de Joseph Ratzinger é uma obra de arte única, e tem talhado em latim "Benedictus XVI". O Papa alemão falou do anel na primeira missa que oficiou por pontífice depois de receber a jóia e o pálio, a insígnia pontifícia que representa o jugo de Cristo, uma estola de lã.A jóia pesa 1,23 onças (35 gramas) e tem forma elíptica, que lembra a majestosa Praça de São Pedro com as colunas imponentes do século XVII criadas pelo grande artista italiano Gian Lorenzo Bernini. Para Franchi, não seria a primeira vez que um anel papal é salvo, já que vários estão expostos nos Museus do Vaticano, com o do "antipapa" Clemente VII, que foi eleito em 1378 pelos cardeais franceses que se opunham a Urbano VI, escolhido em Roma.
Para Franchi, proprietário da loja artesanal "Franchi Argentieri", localizada no coração de Roma, a poucos metros do Vaticano, com a fabricação do anel papal para Bento XVI foi reativada a relação entre o papado e os artesãos romanos que deu "magníficos frutos" ao longo da história. Gostaria de fabricar o anel do futuro Papa? "Adoraria. Mas não depende de mim, realmente", confessa.