Jornal Estado de Minas

Rebeldes do M23 da República Democrática do Congo tiveram ajuda externa

AFP

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, reassegurou que os rebeldes do leste da República Democrática do Congo (RDC) receberam "ajuda externa" e advertiu que o conflito pode se recrudescer.

"As observações (da ONU) das capacidades de comando e de controle do assaltante, a coordenação eficaz de seu fogo de apoio, a qualidade de seus equipamentos e sua capacidade geral para lutar, em particular à noite, levam a crer a existência de uma ajuda exterior, tanto direta quanto indireta", afirmou Ban Ki-Moon em seu último informe no Conselho de Segurança da ONU sobre a RDC.

O informe não menciona explicitamente um país que pudesse ter ajudado os rebeldes do M23, que no final de novembro ocuparam brevemente a cidade estratégica de Goma, no leste do país.

O leste da República Democrática do Congo, rico em minerais, registra as atividades de grupos armados locais e estrangeiros. Desde maio, o exército combate o movimento 23 de Março, uma rebelião que, segundo a ONU afirmou várias vezes, é apoiada por Ruanda e Uganda, o que os dois países desmentem.

Os combates com o Exército estão suspensos desde dezembro e atualmente estão sendo celebradas conversações em Kampala. Mas para Ban Ki-Moon, "a possibilidade de uma retomada das hostilidades continua sendo uma ameaça séria".