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Especialistas alertam para profundos embates entre conservadores e liberais no VaticanoPapa disse querer preservar independência de justiça vaticana em caso VatileaksVaticano diz que papa bateu a cabeça em viagem ao MéxicoEm oito anos, Bento XVI reuniu mais de 4,9 milhões de fiéis em audiências públicasPapa seguirá sendo chamado de Bento XVI, bispo emérito de Roma"Fantasias, invenções, opiniões", assegurou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, após advertir que não comentará a reportagem e que os cardeais envolvidos não aceitarão conceder entrevistas.
Com o título "Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no informe que sacudiram o Papa", o jornal sustenta que o ancião cardeal espanhol Herranz, do Opus Dei, ilustrou ao Papa no dia 9 de outubro do ano passado os "assuntos mais escabrosos" do relatório, em particular a existência de uma "rede transversal unida pela orientação sexual".
"Pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada no gabinete papal", escreve o impresso italiano.
La Repubblica sustenta que, durante oito meses, os cardeais interrogaram muitos prelados e laicos, dividindo-os por congregação e nacionalidade, e estabeleceram que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano, entre eles um sujeito a chantagem, a "impropriam influentiam" por sua homossexualidade.
Outro grupo é especializado em montar e desmontar carreiras dentro da hierarquia vaticana e outro ainda aproveita para usar recursos multimilionários para seus próprios interesses à sombra da cúpula de São Pedro através do Banco do Vaticano, segundo a publicação.
Em uma publicação especial, a revista Panorama defende que o documento será determinante para a eleição do sucessor de Bento XVI, em um artigo assinado por Ignazio Ingrado.
Para as duas publicações, o Papa se convenceu que um sucessor mais jovem, forte e enérgico é o melhor indicado para fazer uma limpeza na instituição milenária e por isso teria decidido deixar o Trono de Pedro no próximo dia 28 de fevereiro.