As incertezas são relacionadas ao crescente apoio ao Movimento Cinco Estrelas do comediante Beppe Grillo, o que pode remover votos dos principais partidos, e à possibilidade de um Parlamento dividido, o que ameaçaria a estabilidade do governo. Além disso, Berlusconi continua sendo uma ameaça, ao prometer desfazer reformas e aumentar as tensões com a Europa.
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Itália vive incerteza pré-eleitoral Saiba mais sobre Berlusconi, a fênix da política italiana que quer ressurgir das cinzas novamenteSuspense e pressão nas urnas italianasBerlusconi dá entrevista polêmica antes de eleiçãoUma reforma no mercado de trabalho também é essencial, incluindo a abertura de mais vagas para serviços legais, médicos e farmacêuticos. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que essas mudanças podem aumentar a produtividade do país em 14,1% e acrescentar 1,5% ao PIB em 10 anos. A reforma também deve consertar o fato de que os trabalhadores mais antigos têm empregos estáveis garantidos por contratos enquanto os mais jovens estão em posições temporárias e de salários baixos, quando não desempregados.
A política fiscal pode preocupar um pouco menos o próximo governo. A Itália tem registrado superávit orçamentário primário mas o governo ainda terá que manter a disciplina para começar a reduzir o nível de dívida.
Uma vitória da coalizão de centro-esquerda provavelmente provocará um rali dos bônus italianos, mesmo antes de os investidores observarem as políticas do novo governo. Qualquer outro resultado pode resultar em caos nos mercados.
A única certeza é a de que as tensões estarão em alta na segunda-feira durante a divulgação dos resultados.