Um funcionário antigo abriu fogo no interior de uma fábrica de processamento de madeira na região central da Suíça nesta quarta-feira, matando duas pessoas. O atirador também morreu, informou a polícia.
Bussmann disse, durante uma coletiva de imprensa em Menznau, que o atirador era um homem de 42 anos, segundo publicou o jornal Blick em seu site. O atirador e a vítimas eram suíços.
Ele disse que o homem chegou à empresa pouco depois das 9h (horário local), sacou uma arma e começou a atirar nas pessoas. As autoridades disseram não ter maiores detalhes sobre a arma ou sobre como o atirador foi morto.
O executivo-chefe da Kronospan, Mauro Capozzo, disse que o atirador "trabalhava conosco havia mais de dez anos. Era um homem quieto e não há outros incidentes conhecidos envolvendo este funcionário."
De acordo com dados da câmara municipal, a Kronospan emprega cerca de 450 funcionários. Não havia informações a respeito do motivo que teria levado o funcionário a fazer os disparos. Capozzo afirmou que a empresa não demitiu ninguém recentemente.
A posse de armas é muito comum na Suíça, graças a uma regulação liberal. Um referendo realizado em 2011 para endurecer o controle de armas não recebeu apoio popular. Há uma antiga tradição segundo a qual os homens mantém seus rifles após concluírem o serviço militar compulsório.
A estimativa é de que 2,3 milhões de armas estejam em posse dos 8 milhões de habitantes do país. Apesar disso, crimes com armas são relativamente raros. Em 2009 houve apenas 24 mortes provocadas por armas de fogo, o que significa cerca de 0,3 para cada 100 mil habitantes. A taxa nos Estados Unidos é cerca de 11 vezes maior.
Apesar disso, ocorreram alguns incidentes de destaque no país, dentre eles o assassinato de 14 pessoas durante uma reunião na câmara municipal em Zug, não muito longe de Lucerna, em 2001. No mês passado, um homem de 33 anos matou três mulheres e feriu dois homens numa vila do sul do país.