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Itália em um impasse: a esquerda abre a porta ao contestatório GrilloBersani faz apelo à oposição por situação dramática na Itália Napolitano pode convocar novas eleições na ItáliaAnalistas lembraram que uma regra obscura do Senado permitiria que parlamentares do Movimento Cinco Estrelas permanecessem fora do Parlamento durante o voto de confiança, permitindo a instalação do governo. Grillo disse que está interessado no suporte a propostas legislativas avaliadas caso a caso, o que permitiria a convergência em alguns pontos.
Ainda assim, o próprio Grillo não tem mandato e os que foram eleitos pela sua legenda podem agir por iniciativa própria. Como os 163 parlamentares são todos novos no cargo, e com média de idade de 32 anos, a disciplina partidária não apensas é desconhecida como ainda não foi testada.
"Grillo decidiu tudo durante a campanha eleitoral, mas os que foram eleitos decidirão por conta própria", afirmou a porta-voz do Movimento Cinco Estrela, Valentina Zafarna, eleita para a assembleia regional, na qual o partido de Grillo formou aliança com o governo.
"Se houver convergência no programa, posso votar a favor do governo de Bersani", afirmou a senadora Serenella Fuksia, nova eleita pelo Movimento Cinco Estrelas. "Não estamos no Parlamento para perder tempo", acrescentou.
Grillo disse que pretende conversar com o presidente Giorgio Napolitano, sinalizando ser improvável um acordo formal nos próximos dias.
Após as eleições na Itália, o chefe de Estado se encontrou com líderes de vários partidos para saber de suas intenções e decidir de confiará à alguém a tentativa de formar um governo, o que precisará do voto de confiança nas duas casas. Essas consultas, entretanto, devem acontecer apenas após os novos parlamentares tomarem posse no dia 15 de março. Caso o governo não seja formado, novas eleições podem ser convocadas, e o partido de Grillo está confiante que pode vencer com, inclusive mais votos, talvez conquistando a maioria no Parlamento.
A coalizão de Bersani venceu as eleições na Camara baixa, o que representa 340 dos 615 deputados, garantindo também a maioria, ainda assim, entre os 315 parlamentares no Senado a situação seria mais crítica, porque a coalização de Bersani pode ganhar a maioria com o suporte tanto do bloco de Berlusconi, quanto de Grillo, com ou sem o apoio do primeiro-ministro interino, Mario Monti.