Papas colecionam histórias extravagantes
O papa não recebe salário nem tem conta no banco, Paulo 6º amava velocidade e Pio 12 renunciou com medo do ditador alemão Adolf Hitler
Por sua vez, João 12, eleito papa com 18 anos, foi esfaqueado até a morte pelo marido de sua suposta amante.
O "bom papa" João 23, de origem humilde, conseguiu quando ainda era o cardeal Roncalli juntar dinheiro para que sua família pudesse finalmente comprar a paupérrima casa onde nasceu.
Ele também falava durante suas cinco horas de sono diárias, e sonhava muito com seu trabalho. Alguém o ouviu dizer alguma vez enquanto dormia: "Não sei, tenho que perguntar isso ao papa".
Paulo 6º, que costumava levar um cilício sob a roupa papal, foi um leitor assíduo, mas nunca conseguiu pronunciar corretamente a palavra Helsinque, capital da Finlândia.
Bento 9º foi papa três vezes, a primeira vez aos 14 anos, antes de renunciar para casar. Ele voltou em seguida para passar o trono a seu padrinho, antes de recuperá-lo pela última vez quando ainda não tinha 30 anos.
Para não ser detido pelos nazistas, Pio 12 preparou uma carta de demissão que registrou oficialmente. O papa também queria evitar que a Igreja tivesse que esperar sua morte em caso de reformulação.
Seu antecessor, Pio 11, fazia todo o possível para evitar Hilter quando este vinha à Roma visitar seu amigo Benito Mussolini. Pio 11 se retirava para a residência de verão de Castelgandolfo e fechava a Capela Sistina sob o pretexto de obras.
Dois filhos ilegítimos ocuparam o trono de São Pedro: João 11 e Clemente 7º.
Pio 11 era louco por automóveis. Ele tinha 16 na garagem do Vaticano, entre as quais três conversíveis. Paulo 6º amava velocidade, e o efêmero João Paulo I gostava do personagem Pinóquio.
Pio 12, um hipocondríaco incorrigível que tinha fobia por insetos e amava as óperas de Wagner, possuía um canário, Gretchen, que saía de sua gaiola a cada manhã e pousava no seu braço antes de voar até a mesa preparada para o café da manhã.