O Colégio de Cardeais se reúne hoje (4), a partir das 9h30 (5h30 no horário de Brasília). A expectativa é que a partir desta reunião seja definida a data para o começo do conclave (quando será eleito o futuro papa). O encontro dos cardeais ocorre quatro dias depois de o papa emérito Bento XVI ter renunciado ao pontificado. O conclave não tem prazo para ser concluído. No passado, chegou a durar dois anos e meio.
Para o período denominado sé vacante (sem papa), foram emitidos selos e um carimbo relativo à renúncia de Bento XVI. Nos próximos dias, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, deverão circular as novas moedas cuja cunhagem deverá fazer referência à sé vacante.
Os cardeais que votam são aqueles que têm menos de 80 anos. Pelos dados do Vaticano, estão aptos 115 eleitores, dos quais cinco são brasileiros – todos já estão em Roma. O voto é manual e individual, sendo que os cardeais escrevem à mão, em um papel retangular, o nome do escolhido e são orientados a disfarçar a letra.
Podem ser feitas até 33 votações seguidas. No caso de não haver consenso, a última rodada é definida entre os dois mais votados. A eleição depende de dois terços dos votos dos presentes. A contagem dos votos é feita em três grupos formados por cardeais que contam e recontam as cédulas. Os nomes são lidos em voz alta e as cédulas, em seguida, são costuradas com linha e agulha.
Ao fim de cada votação, as cédulas são queimadas em um forno colocado na capela. Antigamente, misturava-se palha para dar a cor à fumaça. A fumaça escura é sinal de que não foi escolhido o papa. Se a fumaça for branca, representa que já há um novo pontífice.
Uma vez escolhido, o eleito diz se aceita e o nome que deseja usar. Ele é reverenciado por cada um dos cardeais presentes. O anúncio oficial é feito pelo chamado cardeal emérito – o mais antigo entre os presentes. O cardeal anuncia: “Habemus papam”, em latim, que significa “temos papa”. O novo papa aparece na varanda da Basílica de São Pedro.