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Estado de Minas

Líderes latino-americanos lamentam a morte de Chávez

Presidentes de vários países manifestaram pesar pela perda


postado em 05/03/2013 21:16 / atualizado em 05/03/2013 21:46

Os líderes latino-americanos lamentaram a morte do presidente da Venezuela Hugo Chávez, aos 58 anos, e anunciaram a "perda irreparável" do dirigente ao deixar um vazio na região, segundo o governo brasileiro que o definiu como "amigo do Brasil".

 "Reconhecemos um grande líder, uma perda irreparável, especialmente de um amigo do Brasil", disse a presidente Dilma Rousseff ao pedir um minuto de silêncio durante um ato com líderes rurais em Brasília.

 "O presidente Chávez deixará no coração da história e nas lutas da América Latina um vazio", destacou Dilma, que tinha "um grande carinho" pelo comandante.

 Dilma decidiu cancelar a viagem que faria à Argentina nesta quinta-feira para se reunir com a presidente Cristina Kirchner.

 A Organização dos Estados Americanos (OEA) também divulgou uma nota de pesar. O secretário-geral da entidade, José Miguel Insulza, pediu que o povo se venezuelano se mantenha unido.

 "É um momento de grande dor para os venezuelanos e os acompanhamos junto a todos os povos da região", declarou Insulza em documento.

 O governo da Colômbia expressou sua "profunda tristeza" pela morte, nesta terça-feira, do presidente venezuelano ao relembrar o apoio que deu ao processo de paz no país, segundo declarações do chanceler María Angela Holguín.

 "Sentimos uma profunda tristeza. Trabalhamos bem com o presidente Chávez. Acredito que, nestes dois anos, tivemos uma relação muito boa, avançamos bastante", afirmou Holguín em declarações divulgadas de seu gabinete.

 Chávez foi "um apoio muito importante para este processo de paz que estamos (com a guerrilha comunista das Farc). Tomara que encontre a paz porque teve uma doença muito penosa e muito longa", destacou a chanceler colombiano.

 "Sentimos um profundo pesar" pela morte de Chávez, afirmou Mujica, em uma curta mensagem divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência, momentos antes de o Executivo anunciar que Mujica viajará nas próximas horas a Caracas.

 "Sempre se sente a morte, mas quando se trata de um militante de primeira linha, de alguém que uma vez defini como 'o governante mais generoso que conheci', a dor tem outra dimensão. A razão não ajuda nestes casos. Dá uma magnitude superior da perda", acrescentou Mujica, destacando confiar "no povo venezuelano, no governo, na fortaleza dessa democracia da qual meu amigo Chávez foi um grande construtor".

 Já o governo equatoriano admitiu que a morte do presidente Hugo Chávez representa uma "perda irreparável" que deixa de luto toda a América Latina e defendeu que os venezuelanos mantenham vivo o seu legado.

 O governo de Rafael Correa, aliado de Chávez, expressou seu "profundo pesar pelo lamentável falecimento" do presidente venezuelano, "líder de um processo histórico na América", segundo um comunicado.

 "Nestes momentos difíceis, o Equador reitera os sentimentos de especial amizade que nos une à Venezuela", indicou a nota do governo ao apontar que a fraternidade e o legado deste "memorável revolucionário continuarão fortalecendo as relações entre ambos os países e a integração da América Latina".

 "O Equador sente como própria esta perda e deseja ao povo irmão venezuelano os melhores êxitos no futuro, com a convicção de que saberão manter e engrandecer sua história, sua revolução, o desenvolvimento, a fraternidade e a solidariedade que caracterizam suas ações", sublinhou a declaração do governo de Correa.

 A morte do dirigente venezuelano também foi lamentada pelo presidente do México, Enrique Peña Nieto, que enviou suas condolências à família e ao povo venezuelano.

 "Lamento o falecimento do Presidente Hugo Chávez. Minhas mais sentidas condolências a sua família e ao povo venezolano", declarou Peña Nieto em um post no Twitter.

 O presidente do Chile, Sebastián Piñera, qualificou Chávez como um líder "profundamente comprometido com a integração da América Latina".

 "Foi um homem profundamente comprometido com a integração da América Latina", afirmou Piñera no Palácio La Moneda, na capital chilena.

 "Tínhamos diferenças, mas sempre soube apreciar a força, o compromisso com o qual o presidente Chávez lutava por seus ideais", acrescentou Piñera, que antes de chegar ao poder era um empresário multimilionário de direita.

 O presidente do Chile destacou ainda o impulso de Chávez na criação da Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac), que realizou sua primeira cúpula em Santiago, no dia 28 de janeiro.

 O presidente peruano, Ollanta Humala, expressou sua "profunda dor" pela morte de Chávez e desejou que, nestes momentos difíceis, "a unidade e a reflexão" sejam fortalecidas de "maneira pacífica e dentro do caminho democrático".

 "Queremos enviar à família do amigo Hugo Chávez um forte abraço, nossa solidariedade bolivariana, sul-americana e latino-americana", disse Humala em pronunciamento no Palácio do governo, em Lima.

 A Argentina se pronunciou através do vice-presidente argentino, Amado Boudou, que expressou no Twitter a "grande dor de toda a toda América" pela morte do presidente derrotado por um câncer.

 "Há grande dor em toda a América. Partiu um dos melhores. Até sempre, Comandante: Junto a Néstor (Kirchner, presidente argentino falecido) nos guiarão à vitória dos povos!", escreveu o vice de Cristina Kirchner.

 Já o presidente boliviano Evo Morales se disse "destruído" pela morte de Chávez.

 A Guatemala ainda expressou seu pesar. "É um momento triste que vamos manifestar nossas condolências ao povo venezuelano", manifestou o chanceler guatemalteco Fernando Carrera.

 O deposto ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, considerou Chávez como um líder de "grande coração" e um dos responsáveis pela união da América Latina, "um dos maiores líderes do final do século XX".

 Chávez faleceu nesta terça-feira aos 58 anos, no hospital militar de Caracas às 16H25, hora local (17h55 de Brasília), vítima de um câncer diagnosticado em 2011.


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