Apesar das informações sobre a evolução "desfavorável" de seu estado nos últimos dois meses, a morte comoveu o país e milhares de seguidores de Chávez saíram às ruas ao tomar conhecimento da notícia, anunciada pelo vice-presidente Nicolás Maduro durante a tarde.
Cenas de choro eram observadas diante do hospital militar, onde Chávez estava internado, e local de verdadeira peregrinação de seus simpatizantes. Centenas de pessoas permaneceram em vigília durante a noite.
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Venezuela em luto
Chávez e autoridades
Infográfico mostra biografia de Chávez
O corpo será levado para a Academia Militar, considerada um segundo lar por Chávez, e as autoridades esperam centenas de milhares de pessoas nas ruas no trajeto de vários quilômetros que será percorrido pela comitiva funerária. As ruas de Caracas amanheceram praticamente vazias, depois que todas as atividades públicas e privadas foram, assim com as estudantis, canceladas.
O chanceler Elías Jaua informou que uma capela fúnebre será instalada para permitir que o maior número possível de pessoas possam ver seu "pai, seu libertador, seu protetor".
O ministro da Defesa, Diego Molero, determinou que às 8h (horário de Brasília) todas as unidades de artilharia, navios e tanques da Força Armada Nacional Bolivariana disparassem 21 salvas de homenagem ao "comandante presidente".
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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu colega uruguaio, José Mujica, foram os primeiros a chegar à 5h, um pouco antes do boliviano Evo Morales, que foi recebido por Jaua. O chanceler afirmou que o país amanheceu calmo e disse que 10 chefes de Estado confirmaram presença no funeral. Vários devem chegar ao país na quinta-feira.
Chávez, que assumiu a presidência em 1999, havia retornado de Havana em 18 de fevereiro, mas não foi visto nem ouvido, depois de ter passado por uma cirurgia em 11 de dezembro, a quarta desde o diagnóstico de câncer, cuja natureza e detalhes nunca foram oficialmente divulgados.
O governo prometeu que informará o local do enterro do presidente, natural do estado Barinas, na região oeste do país. Maduro, de 50 anos, será o candidato governista nas eleições que devem acontecer em um prazo de 30 dias, como determina a Constituição, provavelmente contra o líder opositor Henrique Capriles, de 40 anos.