Os governos de Uruguai e Chile decretaram nesta quarta-feira três dias de luto oficial pela morte do presidente Hugo Chávez, após o falecimento na terça-feira à noite do líder venezuelano depois de uma longa batalha contra um câncer.
No Uruguai, a bandeira nacional permanecerá a meio mastro até sexta-feira em todos os edifícios públicos, quartéis, fortalezas, bases aéreas, navios de guerra, embaixadas e representações no exterior, informou a presidência em um comunicado.
O falecimento de Chávez na tarde de terça-feira "enluta não apenas o Estado e o povo da República Bolivariana da Venezuela, mas toda a comunidade internacional por ter servido como líder e político de ampla trajetória", sustentou o decreto.
O presidente uruguaio, José Mujica, chegou na manhã desta quarta-feira a Caracas para participar das cerimônias fúnebres e de homenagem a Chávez.
"Perdemos um amigo de dimensões incomensuráveis", disse o presidente uruguaio pouco antes de viajar.
"Tenho confiança no povo venezuelano, no governo, na força desta democracia da qual meu amigo Chávez foi um grande construtor", sustentou o presidente, que tinha uma excelente relação com Chávez e que chegou a organizar no ano passado uma cerimônia religiosa para pedir sua recuperação, apesar de ser ateu.
Já o presidente chileno, Sebastián Piñera, decretou três dias de luto em seu país e tentará comparecer ao funeral do presidente, informou o ministro do Interior, Andrés Chadwick.
"O presidente da República decretou a partir de hoje (quarta-feira) luto nacional pela morte do presidente da Venezuela, dom Hugo Chávez. O luto nacional foi decretado pelo prazo de três dias a partir deste momento", disse Chadwick aos meios de comunicação.
O luto implica que "todas as repartições públicas devem içar a bandeira chilena a meio mastro" e também "a suspensão dos atos de celebração de caráter governamental", explicou Chadwick.
O ministro chileno também afirmou que Piñera deseja comparecer ao funeral de Chávez na sexta-feira.
"O presidente da República está se esforçando ao máximo para poder conciliar sua agenda, porque o desejo dele é estar presente no funeral de Estado do presidente Chávez", afirmou.