Mais de mil pessoas, entre elas dirigentes de partidos de esquerda franceses e embaixadores latino-americanos, participaram de uma cerimônia em homenagem ao falecido presidente venezuelano Hugo Chávez organizada na tarde desta quarta-feira no centro de Paris, ao pé da estátua de Simón Bolívar.
"Meu amigo Hugo, que deu tanto ao nosso povo, será considerado sempre um pai de nossa nova república. Sua herança é nossa linha de conduta. A luta continua pela democracia social, pela paz e emancipação humana", afirmou o embaixador da Venezuela na França, Jesus Arnaldo Pérez, com a voz entrecortada pela emoção. O diplomata abriu o ato público, na presença dos embaixadores de Cuba, Equador, Bolívia, El Salvador e Peru.
"O povo venezuelano agradece. Sabemos que não estamos sós", disse aos manifestantes, que gritavam palavras de ordem como "Chávez vive, a luta continua" e "Companheiro Hugo Chávez, Presente!".
Depois de depositar oferendas de flores ao pé do monumento de Bolívar e fazer um minuto de silêncio, Jean-Luc Mélenchon, do Partido de Esquerda; Pierre Laurent, do Partido Comunista Francês; e Alain Krivine, do Novo Partido Anticapitalista, tomaram sucessivamente a palavra para prestar homenagem a Chávez.
"Aos que nos insultaram ontem de noite quando sentíamos a dor da morte do comandante, responderemos com suas palavras: 'Aos que desejam minha morte eu desejo muita vida para que vejam que a revolução bolivariana vai continuar avançando de batalha em batalha e de vitória em vitória'", disse Mélenchon em espanhol, citando Chávez, entre os aplausos dos assistentes.