O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira (7) que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu anteontem (5) vítima de complicações de um câncer na região pélvica, socializou os recursos do petróleo no país, que chegaram aos mais pobres.
Segundo ele, na mesma perspectiva, o Brasil também tenta fazer com que “o povo da cozinha, excluído, deixe de chorar, se alegre e viva com dignidade”. O ministro disse que o governo brasileiro teve várias divergências sobre muitos itens e métodos, mas reconhece a inversão de prioridade feita por Chávez.
“Quando o povo chora e lamenta a perda de um presidente, como está acontecendo na Venezuela, eu penso que os intelectuais, os analistas políticos devem estar atentos a isso porque significa que ele mexeu na qualidade da vida do povo, ele mexeu na estrutura social que havia naquele país e colocou efetivamente recursos públicos a serviço dos que precisam”, avaliou o ministro.
Carvalho disse que o Brasil continuará "naturalmente com essa relação estreita com o povo da Venezuela porque nós entendemos que a América Latina é uma unidade, um conjunto e precisamos caminhar juntos, cada um com seus erros, seus limites e seus acertos”.