O conclave para a escolha do sucessor de Bento XVI terá início na próxima terça-feira (12), anunciou, nesta sexta-feira, o Vaticano por meio de nota oficial. A votação começará na parte da tarde. Mais cedo, os cardeais celebrarão uma missa pré-conclave.
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Vítimas de abuso sexual reúnem 20 mil assinaturas para cardeal não ir ao conclaveDom Odilo Scherer: dizer que há nomes definidos antes do conclave é fantasia Conclave: paródia de campanha eleitoral antes da eleição do PapaNa véspera do conclave, cardeais participam da última reunião preliminar no VaticanoVaticano tem clima de expectativa, mas poucos turistas circulam no localConclave pode ter duração curta e consenso, indica VaticanoCaso ninguém seja apontado por ao menos dois terços dos membros votantes do colégio cardinalício, nos dias seguintes ocorrem duas votações de manhã e outras duas à tarde. Os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: não podem usar telefone, receber jornais, ver televisão ou ter acesso à internet. Nem tradutores são admitidos.
Após três dias de votações sem resultado ocorre uma suspensão de um dia para uma "pausa de oração". Em seguida, as votações voltam a ser realizadas e se ainda assim o pontífice não for escolhido será efetuado outro intervalo, seguido por sete tentativas.
O processo pode ser repetido em caso de indefinição e chegar a mais de 30 votações. No conclave para escolher quem substituirá Bento XVI serão necessários os dois terços dos votos em todas as eventuais votações, sejam quantas forem. Também foi estabelecido que, caso se chegue à etapa de escolha entre os dois mais votados, os finalistas não poderão mais votar, como era admitido.
Acordos vetados
O voto no conclave é secreto. Além disso, os cardeais eleitores continuam obrigados a se abster de qualquer forma de pacto, acordo ou promessa que possa obrigá-los a dar ou negar o voto a outros. Quando foi eleito papa, em 25 abril de 2005, o então cardeal Joseph Ratzinger obteve dois terços dos votos já na quarta votação.