O Vaticano instalou neste sábado uma chaminé especial na Capela Sistina a partir da qual a fumaça branca irá sinalizar a eleição de um novo Papa, num momento em que os cardeais se preparam para a votação na próxima semana após a histórica renúncia de Bento XVI.
O conclave de 115 "cardeais eleitores" começará na terça-feira sob os famosos afrescos de Michelangelo para escolher o 266º Papa após o fim abrupto do papado de Bento XVI, que durou oito anos e que muitas vezes foi ofuscado por escândalos. O cardeal francês André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, disse à AFP em uma entrevista que havia cerca de "meia dúzia de possíveis candidatos".
O cardeal italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, é visto como um dos favoritos, junto com Marc Ouellet, do Canadá, e com o brasileiro Odilo Scherer. Outros nomes mencionados na "fábrica de rumores" nos últimos dias são os do húngaro Peter Erdo, do mexicano José Francisco Robles Ortega, do austríaco Christoph Schönborn e de Albert Malcolm Ranjith, do Sri Lanka.
"O problema com este conclave é que não há alguém na liderança logo cedo, como Joseph Ratzinger em 2005", disse John Allen, especialista em Vaticano do National Catholic Reporter, uma revista semanal dos Estados Unidos. Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, um cardeal jovem e popular, também tem sido mencionado como um possível novo Papa.
"Se houvesse uma eleição direta entre o 1,2 bilhão de católicos no mundo, ele teria uma vitória esmagadora, mas não é assim que a Igreja funciona", disse Allen.
A decisão sobre a data do conclave foi tomada na sexta-feira em uma das reuniões a portas fechadas realizadas pelos cardeais durante toda a semana para discutir os muitos desafios que o próximo Papa enfrentará. Os cardeais, sem nenhum novo Papa a quem se submeter e sem nenhum falecido Papa para lamentar, aproveitaram a rara oportunidade de discutir e criticar a administração do Vaticano e de pedir mais transparência.
Bento XVI, de 85 anos, admitiu no mês passado que lhe faltavam forças e se tornou o segundo chefe da Igreja Católica Romana a renunciar por vontade própria em seus 2.000 anos de existência.
O Papa Emérito Bento XVI não participou do pré-conclave e está vivendo na residência de verão papal de Castelgandolfo, perto de Roma, onde permanecerá pelos próximos meses, antes de se mudar para um antigo convento dentro do Vaticano.
Enquanto isso, funcionários do Vaticano fazem os preparativos finais na Capela Sistina, selando as janelas para evitar espionagem no conclave e instalando dispositivos que evitem qualquer comunicação com o mundo exterior.
De acordo com as regras desta tradição secular, os cardeais precisam fazer um juramento solene de não revelar os detalhes de suas deliberações, sob pena de excomunhão.
O conclave de 115 "cardeais eleitores" começará na terça-feira sob os famosos afrescos de Michelangelo para escolher o 266º Papa após o fim abrupto do papado de Bento XVI, que durou oito anos e que muitas vezes foi ofuscado por escândalos. O cardeal francês André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, disse à AFP em uma entrevista que havia cerca de "meia dúzia de possíveis candidatos".
O cardeal italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, é visto como um dos favoritos, junto com Marc Ouellet, do Canadá, e com o brasileiro Odilo Scherer. Outros nomes mencionados na "fábrica de rumores" nos últimos dias são os do húngaro Peter Erdo, do mexicano José Francisco Robles Ortega, do austríaco Christoph Schönborn e de Albert Malcolm Ranjith, do Sri Lanka.
"O problema com este conclave é que não há alguém na liderança logo cedo, como Joseph Ratzinger em 2005", disse John Allen, especialista em Vaticano do National Catholic Reporter, uma revista semanal dos Estados Unidos. Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, um cardeal jovem e popular, também tem sido mencionado como um possível novo Papa.
"Se houvesse uma eleição direta entre o 1,2 bilhão de católicos no mundo, ele teria uma vitória esmagadora, mas não é assim que a Igreja funciona", disse Allen.
A decisão sobre a data do conclave foi tomada na sexta-feira em uma das reuniões a portas fechadas realizadas pelos cardeais durante toda a semana para discutir os muitos desafios que o próximo Papa enfrentará. Os cardeais, sem nenhum novo Papa a quem se submeter e sem nenhum falecido Papa para lamentar, aproveitaram a rara oportunidade de discutir e criticar a administração do Vaticano e de pedir mais transparência.
Bento XVI, de 85 anos, admitiu no mês passado que lhe faltavam forças e se tornou o segundo chefe da Igreja Católica Romana a renunciar por vontade própria em seus 2.000 anos de existência.
O Papa Emérito Bento XVI não participou do pré-conclave e está vivendo na residência de verão papal de Castelgandolfo, perto de Roma, onde permanecerá pelos próximos meses, antes de se mudar para um antigo convento dentro do Vaticano.
Enquanto isso, funcionários do Vaticano fazem os preparativos finais na Capela Sistina, selando as janelas para evitar espionagem no conclave e instalando dispositivos que evitem qualquer comunicação com o mundo exterior.
De acordo com as regras desta tradição secular, os cardeais precisam fazer um juramento solene de não revelar os detalhes de suas deliberações, sob pena de excomunhão.