Jornal Estado de Minas

Maduro pede 'unidade' ao oficialismo, em seu primeiro discurso como presidente interino

AFP

- Foto: REUTERS/Miraflores Palace/HandoutO presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu neste domingo "unidade" ao oficialismo, antes das eleições presidenciais de 14 de abril, em que será candidato, alertando que se pode pôr a perder tudo que foi conquistado por Hugo Chávez, em seu primeiro discurso desde que assumiu o cargo, na última sexta-feira.


"A única forma de todos juntos sermos Chávez é que estejamos juntos, unidos. Todos juntos somos Chávez, mas, separados, não somos nada, e podemos perder tudo", advertiu Maduro durante um ato em que recebeu o apoio do Partido Comunista da Venezuela (PCV) a sua candidatura.


Maduro assinalou que precisa do "apoio do povo" para dar continuidade "à revolução" que o presidente falecido promoveu na Venezuela em seus 14 anos de governo.


"Serei candidato e serei presidente e comandante em chefe das Forças Armadas, porque ele (Chávez) ordenou que eu o fosse, e irei acatar plenamente suas ordens. Mas preciso do apoio de um povo, das forças revolucionárias, da gente nobre deste país", expressou.


O atual governante foi designado por Chávez seu sucessor e candidato do oficialista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) quase três meses antes de sua morte.


Maduro advertiu que não pretende imitar ou desbancar Chávez. "Uma coisa é que eu sou chavista, e vivo e morro por ele. Outra coisa é que alguém possa querer que Nicolás Maduro seja Chávez. Não, sou chavista, sou filho de Chávez."


O presidente interino informou que, nesta segunda-feira, irá apresentar sua candidatura ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e que levará o projeto de governo que Chávez apresentou a este órgão quando se candidatou às eleições presidenciais de 7 de outubro de 2012.