(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Maduro e Capriles abrem disputa para eleições na Venezuela

Candidatos trocam acusações e iniciam disputa presidencial de maneira dura


postado em 11/03/2013 07:16 / atualizado em 11/03/2013 09:39

Em entrevista coletiva, Capriles acusou Maduro de mentir sobre morte de Chávez(foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins )
Em entrevista coletiva, Capriles acusou Maduro de mentir sobre morte de Chávez (foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins )
 

O sucessor de Hugo Chávez, Nicolás Maduro, e o candidato da oposição, Henrique Capriles, iniciaram de maneira dura no domingo a disputa para as eleições venezuelanas de 14 de abril, que poderia coincidir com um referendo para decidir se o corpo embalsamado do falecido presidente será levado ao Panteão Nacional.

 Capriles, um advogado de 40 anos que perdeu a eleição de outubro do ano passado para Chávez por 11 pontos, anunciou que enfrentará a Maduro, em uma entrevista coletiva na qual acusou o candidato oficialista de "mentir" sobre a morte do presidente e de usá-la para fazer campanha política.

 "Vou lutar com vocês, com todos vocês. Nicolás, não vou deixar o caminho livre para você, companheiro. Você terá que me derrotar com votos", provocou Capriles durante uma entrevista coletiva, acrescentando que, na tarde desta segunda-feira, irá formalizar sua candidatura ante o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

 Capriles é governador do estado de Miranda (norte) e já foi prefeito do município de Baruta.

 Capriles criticou duramente o governo por sua forma de lidar com a doença de Chávez.

 "Quem sabe quando morreu o presidente Chávez? Vocês tinham tudo calculado (...) Agora vocês utilizam o corpo do presidente para fazer campanha política", afirmou Capriles, depois de acusar "Nicolás e seu combo" de estar "doentes de poder".

 De maneira imediata e com uma foto de Chávez atrás, Maduro, um ex-motorista de ônibus e ex-sindicalista de 50 anos, chamou Capriles de "fascista de rosto nauseabundo", "miserável" e o acusou de "sujar" a memória do "comandante supremo da revolução".

 "Cai a máscara e se vê o rosto nauseabundo do fascista que é. Seu objetivo é provocar o povo da Venezuela, é um irresponsável. Está buscando que o povo da Venezuela saia da via e vá pelos caminhos da violência", disse.

 "Está buscando a violência para romper o tabuleiro político venezuelano e então manchar o processo eleitoral (...) e depois justificar sua retirada da campanha pela violência que ele mesmo gerou com suas grandes ofensas ao povo", acrescentou.

 A eleição está programada para o dia 14 de abril e analistas apontam que serão difíceis para a oposição, devido ao clima de comoção entre os chavistas após a morte de seu líder, que governou o país por 14 anos.

 Depois de atacar o adversário, Maduro, que assumiu o governo como presidente interino na sexta-feira, anunciou que o governo deve propor uma emenda constitucional para levar o corpo de Chávez ao Panteão, onde está o libertador Simón Bolívar, o que deve ser submetido a referendo em 30 dias.

 "Se há alguém que ganhou em 200 anos o direito de ir ao Panteão Nacional é o comandante Hugo Chávez, elevado ao grau de redentor dos pobres", afirmou Maduro.

 Ele não citou explicitamente a convocação de um referendo, a Constituição estabelece que as emendas da Carta Magna devem ser submetidas a votação popular.

 A Constituição estabelece atualmente que devem transcorrer 25 anos do falecimento de um venezuelano para que possa entrar no Panteão.

 "O oficialismo estaria fazendo uma jogada interessante: atrelar a emenda às eleições, de forma que estas estariam completamente centradas em Chávez", disse à AFP o presidente do insitituto Datanálisis, Luis Vicente León.

 O corpo de Hugo Chávez, exposto na capela ardente na Academia Militar, será levado na próxima sexta-feira para o Museu da Revolução, em Caracas, anunciou Maduro.

 O Museu da Revolução é um antigo quartel-general a partir do qual Chávez iniciou, em 4 de fevereiro de 1992, uma tentativa frustrada de golpe de Estado que o tornou conhecido e deu início a sua carreira política.

 Chávez faleceu na terça-feira da semana passada aos 58 anos, vítima de câncer, e seu corpo permanecerá na capela ardente até meia-noite de quinta-feira na Academia Militar, onde milhares de simpatizantes passam horas na fila para a despedida.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)