Em um breve discurso, Maduro, de 50 anos, lembrou quando em 8 de dezembro, dois dias antes de partir para Cuba para uma quarta cirurgia contra o câncer, Chávez o nomeou seu herdeiro político e pediu aos venezuelanos que em uma eventual eleição, caso não pudesse governar, votassem em seu sucessor, então vice-presidente."(Estou) pedindo a nosso pai redentor desta terra bolivariana, Hugo Chávez, que me dê forças e sabedoria e me permita cumprir a tarefa que nos transferiu e me transferiu", disse Maduro, ex-motorista de ônibus e ex-sindicalista que chegou a ser presidente da Assembleia Nacional, chanceler e vice-presidente.
Maduro entregou o programa de governo que Chávez apresentou nas eleições vencidas em 7 de outubro contra Capriles. "Em nome de nosso comandante Hugo Chávez entrego o programa que cumpriremos de 2013 a 2019".
O candidato governista, que prestou juramento como presidente interino da Venezuela na sexta-feira após o funeral de Estado de Chávez, morto na terça-feira dia 5, fez um apelo aos venezuelanos para não se "deixarem levar pelo ódio"."Vamos para uma campanha eleitoral em paz", disse, referindo-se a Capriles, governador do estado de Miranda.
Ao anunciar no domingo sua candidatura, Capriles, advogado de 40 anos que também deve apresentar sua candidatura nesta segunda-feira, acusou o candidato do governo de "mentir" sobre a morte do presidente e de usá-la para fazer campanha política.Após o ato, Maduro pronunciou um emotivo discurso diante dezenas de milhares de pessoas.
"Não há palavras para descrever a emoção que sentimos por este filho de Chávez", declarou à AFP entre lágrimas Doris Montilla, médica de 52 anos, completamente vestida de vermelho (cor do chavismo).A eleição está programada para o dia 14 de abril e analistas apontam que serão difíceis para a oposição, devido ao clima de comoção entre os chavistas após a morte de seu líder, que governou o país por 14 anos.