O chavista Nicolás Maduro prometeu nesta segunda-feira acabar com a criminalidade na Venezuela, uma das maiores preocupações da população, em um discurso feito diante de milhares de seguidores após apresentar sua candidatura para as eleições de 14 de abril.
"Um dos problemas mais graves, e eu me comprometo a avançar em sua solução nestes seis anos com o programa de Chávez, é a insegurança, a criminalidade, a violência, o consumo de drogas, a cultura da morte capitalista", declarou o presidente interino em um palco montado em uma praça de Caracas, situada em frente ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE).Leia Mais
Maduro apresenta candidatura em nome de ChávezMaduro pede 'unidade' ao oficialismo, em seu primeiro discurso como presidente interinoCapriles afirma que presidência interina de Maduro é ilegítimaVenezuela vai investigar denúncias de que Chávez teria sido assassinadoSete candidatos deverão disputar eleições presidenciais na VenezuelaA insegurança pública é uma das maiores preocupações dos venezuelanos, em um país com uma taxa de homicídios de 55,2 para cada 100.000 habitantes, segundo dados oficiais - seis vezes a média mundial. Mas este era um tema evitado por Chávez, falecido na última terça-feira em Caracas, vítima de um câncer.
"Em nome de meu comandante Hugo Chávez, quero me tornar o presidente que irá salvar a Venezuela da violência, da criminalidade e das drogas", disse entre os aplausos dos chavistas que gritavam: "É assim que se governa!".Ao anunciar sua candidatura, Maduro, um ex-motorista de ônibus e ex-sindicalista de 50 anos, entregou o programa de governo apresentado por Chávez nas eleições que ganhou no dia 7 de outubro de 2012 contra Henrique Capriles, advogado de 40 anos e governador do estado de Miranda, no norte do país.
Nas próximas eleições, Maduro deverá enfrentar o líder opositor Capriles."Em nome de nosso comandante Hugo Chávez entrego o programa que cumpriremos de 2013 a 2019", afirmou.
Maduro, que tomou posse como presidente interino da Venezuela na última sexta-feira após o funeral de Estado de Chávez, foi designado herdeiro político e candidato a possíveis eleições pelo próprio dirigente dois dias antes de partir para Cuba, 10 de dezembro, para submeter-se a uma quarta cirurgia contra o câncer.As eleições para substituir Chávez, que morreu após liderar um governo personalista durante 14 anos, terão uma campanha acelerada, que será formalmente realizada entre os dias 2 e 11 de abril, apesar de na prática os candidatos já terem iniciado o processo com trocas de acusações.