Jornal Estado de Minas

Capriles se inscreve para disputar presidência da Venezuela

AFP

O candidato opositor Henrique Capriles se inscreveu nesta segunda-feira para disputar a presidência da Venezuela nas eleições do dia 14 de abril, após a morte do presidente Hugo Chávez, vítima de um câncer.

Capriles, governador do Estado de Miranda, formalizou sua candidatura junto ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) como representante da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD).

"Esta campanha é entre eu e você, Nicolás, deixe o presidente (Chávez) em paz", declarou o advogado de 40 anos sobre Nicolás Maduro, candidato 'chavista" na eleição de abril.

Capriles disputou a presidência com Chávez em outubro passado, sendo derrotado pelo finado líder venezuelano.

"Acredito que é possível vencer (...). Temos que lutar, não importam as ameaças e as condições de luta completamente desiguais", disse o governador de Miranda.

Horas antes, Nicolás Maduro apresentou sua candidatura ao cargo deixado por Chávez, reeleito em outubro mas derrotado por um câncer na terça-feira passada, ao final de quase dois anos de doença.

"Aqui venho cumprir sua ordem (...) Não sou Chávez, mas sou seu filho e todos juntos, o povo, somos Chávez", expressou Maduro ao assinar a ata de inscrição no Conselho Nacional Eleitoral.

Maduro, 50 anos, lembrou quando em 8 de dezembro, dois dias antes de partir para Cuba para a quarta cirurgia contra o câncer, Chávez o nomeou seu herdeiro político e pediu aos venezuelanos que votassem em seu sucessor, então vice-presidente.

"(Estou) pedindo a nosso pai redentor desta terra bolivariana, Hugo Chávez, que me dê forças e sabedoria e me permita cumprir a tarefa que nos transferiu e me transferiu", disse Maduro, deixando claro que colocará o finado ex-presidente no 'palanque'.

Maduro entregou o programa de governo que o próprio Chávez apresentou na campanha para as eleições de 7 de outubro. "Em nome de nosso 'comandante', entrego o programa que cumpriremos de 2013 a 2019".

Ao anunciar no domingo sua candidatura, Capriles acusou Maduro de "mentir" sobre a morte do presidente e de usá-la para fazer campanha política.