Familiares de Hugo Chávez acusaram nesta terça-feira o líder opositor Henrique Capriles de ofender a memória do finado presidente da Venezuela ao questionar a data de sua morte.
"Não é justo, não é humano, não é aceitável que agora digam que mentimos sobre a data de sua partida (...). Afirmo que me pai morreu lutando e morreu em sua pátria no dia 5 de março", disse María Gabriela, uma das filhas de Chávez, em carta lida pelo ministro da Informação, Ernesto Villegas.
"É inconcebível pensar que uma família inteira - filhos, irmãos, netos e pais - tenham se prestado a tamanha mentira", lamentou a filha de Chávez, pedindo a Capriles e à oposição que "não sejam tão sujos".
Momentos antes, Argenis, um dos irmãos de Chávez, acusou Capriles de "desrespeitar a memória do presidente" e sua família.
"Este senhor, de maneira irresponsável, baixa, imoral e desumana disse em entrevista coletiva que ninguém sabe quando Chávez morreu. Isto é uma falta de respeito com a memória do presidente e uma falta de respeito com a dignidade da família", afirmou Argenis à televisão estatal VTV.
No domingo, ao anunciar sua candidatura à presidência da Venezuela nas eleições de 14 de abril, Capriles acusou o presidente interino e também candidato Nicolás Maduro de mentir sobre a morte de Chávez.
"Quem sabe quando morreu o presidente Chávez?! Vocês (os chavistas) tinham tudo armado (...) e agora utilizam o corpo do presidente para fazer campanha política", denunciou Capriles.
Nesta terça-feira, Capriles escreveu no Twitter: "jamais, em todos estes anos, ofendi o presidente ou sua família; se alguma palavra foi mal entendida, peço desculpas".