Os católicos da Ásia e do Pacífico saudaram nesta quinta-feira a eleição do papa Francisco, o primeiro não europeu em 1.300 anos e que carrega, segundo o presidente filipino Benigno Aquino, "uma promessa de renovação" da Igreja católica.
"O presidente, com o povo filipino, se une aos fiéis católicos que recebem seu novo líder e sua proclamação com um sentimento de esperança infinita", disse Benigno Aquino em um comunicado.
Como "primeiro papa não europeu há um milênio, primeiro papa da Companhia de Jesus e primeiro da América Latina, a eleição do papa Francisco fornece uma promessa de renovação na Igreja católica", acrescentou Aquino, presidente do principal país católico da Ásia.
Nas Filipinas, 80% dos 100 milhões de habitantes são católicos e a igreja exerce uma influência muito forte no país, onde o divórcio e o aborto seguem proibidos.
No estado de Goa, onde 25% do 1,5 milhão de habitantes são católicos, o padre Savio Barreto, reitor da Basílica de Bom Jesus, disse que estava emocionado de ter um Papa não europeu e jesuíta.
"Estou orgulhoso de ter um Papa de nossa ordem. Esperamos muito dele. Também estamos encantados porque pertence ao Terceiro Mundo", disse.
Na Indonésia, onde o catolicismo é uma religião minoritária, a Conferência Episcopal disse que a eleição de Francisco era "um sopro de ar fresco para a Igreja Católica".
"Não vem do Vaticano, não é a Cúria (o governo do Vaticano) e sempre fala a favor da justiça", disse Benny Susetyo, da Conferência Episcopal da Indonésia.
Na Austrália, os bispos elogiaram o novo papa Francisco.
Por sua vez, um porta-voz da Rede de Sobreviventes dos Abusos de Sacerdotes pediu ao novo Papa que abra os arquivos secretos do Vaticano sobre o abuso sexual infantil na Austrália para demonstrar que há uma verdadeira mudança.
"Uma das primeiras ações do novo Papa deve ser abrir todos os arquivos secretos do Vaticano relacionados com o abuso sexual infantil na Austrália e entregá-los à comissão real da Austrália", disse Nicky Davis, porta-voz da Rede.