Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, afirmou em um pronunciamento na televisão estatal que o corpo de Hugo Chávez não será embalsamado. “É bastante difícil que seja assim”, disse o atual líder do país. Segundo ele, especialistas teriam vindo da Rússia e da Alemanha para realizar o procedimento, mas os restos mortais não teriam mais condições de preservação.
A morte de Hugo Chávez foi anunciada no dia 5 de março e o corpo ainda está sendo velado na Capela Ardente da Academia Militar de caracas, após um cortejo fúnebre que reuniu multidões nas ruas da capital venezuelana. A decisão sobre o embalsamamento do ex-líder foi comunicada no último dia 7, mas o processo só seria iniciado nesta semana. No pronunciamento, Maduro admitiu que o procedimento deveria ter começado antes.Se fosse embalsamado, o corpo de Chávez seria colocado em um caixão de cristal e exposto no Museu da Revolução, em Caracas. Posteriormente, os restos mortais seriam levados para um mausoléu construído especialmente para recebê-los, embora Maduro já tivesse pedido ao Congresso que o cadáver fosse exposto no Panteão Nacional Panteão Nacional, onde está enterrado Simón Bolívar, herói de vários países hispânicos. Agora, o destino do corpo é incerto.
Chávez já havia anunciado que gostaria de ser enterrado na cidade de Sabaneta, onde nasceu. É possível que Maduro insista que o corpo seja levado ao Panteão, mas essa decisão depende de uma alteração na Constituição, pois apenas pessoas falecidas há mais de 25 anos podem ter a honra de ocupar o monumento.
Embalsamar e expor corpos de líderes falecidos foi uma prática adotada durante o século XX em alguns países socialistas. Os cadáveres do chinês Mao Tsé-Tung e de Vladimir Lênin tiveram esse tipo de destinação.