A Coreia do Norte se recusou neste sábado a retirar a proibição de acesso de sul-coreanos às suas empresas na zona industrial conjunta do lado norte-coreano da fronteira.
A entrada do complexo de Kaesong, fundado por Seul, está proibida desde quarta-feira, no momento em que as tensões chegaram ao seu nível mais alto em anos.
Poucos caminhões com mercadorias tentaram cruzar a fronteira para Kaesong, mas foram impedidos e tiveram que dar meia-volta.
Autoridades da Coreia do Sul haviam advertido que o bloqueio de matérias primas e de trabalhadores poderia obrigá-las a suspender as operações em Kaesong em alguns dias.
Pyongyang permitiu a saída dos sul-coreanos que permaneciam em Kaesong, e a volta de cem deles era esperada neste sábado. Com isso, cerca de 500 continuarão no complexo, indicou o Ministério da Unificação da Coreia do Sul.
O ministro da Unificação sul-corean, Ryoo Kihl-Jae, disse na sexta-feira que Seul considera retirar seus cidadãos de Kaesong se sua situação ficar insustentável.
Pyongyang já havia ameaçado retirar seus 53.000 trabalhadores contratados por 123 empresas sul-coreanas e fechar todo o complexo.
Kaesong, localizado dez quilômetros dentro do território do Norte, foi criado em 2004 e é fundamental para a economia do país comunista.