A capital norte-coreana teve um sábado calmo. A exemplo dos dias anteriores, não havia nenhum sinal evidente de tensão ou mobilização militar. Apesar do dia chuvoso, mutirões trabalhavam na plantação de grama nos canteiros das calçadas, enquanto um fluxo interminável de pedestres percorria a cidade, uma cena comum em razão da precariedade do transporte público.
Como sempre, a propaganda oficial continuou a defender a necessidade de fortalecimento militar e a apresentar a guerra como uma possibilidade iminente. A ameaça externa é um dos principais fatores de coesão do regime norte-coreano, que a apresenta como justificativa para os investimentos militares e também para as profundas dificuldades econômicas enfrentadas pelo país. Segundo programa exibido na TV estatal norte-coreana na tarde deste sábado, o líder Kim Jong-un pediu no dia 17 que operários da indústria bélica do país intensifiquem a produção de armamentos.
De acordo com fontes militares citadas pela imprensa sul-coreana, o regime de Kim Jong-un transportou no fim da semana dois mísseis para a costa leste do país e os instalou em bases móveis de lançamento. O Ministério da Defesa de Seul não acredita que as armas serão disparadas contra alvos em outros países e prevê que elas serão utilizadas em testes ou exercícios militares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.