A eleição presidencial da Itália começou nesta quinta-feira no Parlamento e os líderes dos dois principais partidos chegaram a um acordo sobre um candidato, o que significa que o ex-líder sindical Franco Marini poderá ser o próximo chefe de Estado do país.
Pier Luigi Bersani e Silvio Berlusconi, que comandam as alianças italianas de centro-esquerda e centro-direita, respectivamente, endossaram Marani na noite de quarta-feira instruíram seus correligionários a votarem nele.
Mas há muitos dissidentes em ambos os grupos políticos. Os aliados de Bersani mostram resistência e muitos de seu partido, que tem 430 dos 1.007 votos da eleição presidencial, dizem que não votarão em Marini. Se for de fato o caso, as divisões internas do Partido Democrático ficarão irrevogavelmente expostas.
Vários parlamentares não querem a formação de uma ampla coalizão governista que combine esquerda e direita. "Um pacto assim seria um suicídio para a esquerda", comentou Nichi Vendola, líder do Esquerda Ecologia e Liberdade (SEL, na sigla em italiano), que controla 46 votos na eleição de hoje.
Já Matteo Renzi, o prefeito de Florença que perdeu as primárias do Partido Democrático para Bersani no fim do ano passado, disse a uma emissora de TV que seria "um desrespeito para o país" votar em Marini, aludindo à relativa obscuridade do candidato. Marini, de 80 anos, participou do golpe do movimento de centro-esquerda que derrubou o governo de Romano Prodi em 1998.
A votação para presidente da Itália é secreta e deverá levar cerca de duas horas para ser concluída. Se necessário, haverá uma segunda rodada mais tarde e uma terceira na manhã desta sexta-feira. Caso ninguém seja eleito, a quarta rodada exigirá apenas maioria simples de votos.