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Ariel Castro é acusado por sequestro e estupro de 3 mulheres"Ajudem-me, sou Amanda Berry", disse ao 911 uma das sequestradas nos EUA; ouça ao pedido de socorroSuspeito que sequestrou mulheres nos EUA ajudou comunidade a procurá-las"Sou um predador sexual e preciso de ajuda", afirmou sequestrador de Ohio em bilheteA promotoria de Cleveland denunciou Ariel Castro, de 52 anos, por quatro acusações de sequestro e três de estupro. Seus irmãos, Pedro (de 54 anos) e Onil (de 50), também foram detidos, mas não responderão por qualquer crime. "Não há nada que nos leve a crer que eles estivessem envolvidos ou tivessem conhecimento disso", disse o subchefe da polícia da cidade, Ed Tomba. "Nós não descobrimos fatos que os vinculem ao crime." Os investigadores confirmaram a apreensão de cordas e de correntes encontradas dentro do imóvel. Um suposto bilhete de suicídio, escrito anos atrás por Ariel, chamou a atenção das autoridades. Na mensagem, o porto-riquenho afirma ser viciado em sexo, fala dos problemas familiares e lembra a infância marcada pela pobreza. Também culpa as três mulheres por terem entrado em seu carro nos dias dos sequestros. Forçadas a usarem coleiras e submetidas a sessões de espancamento, Amanda, Georgina e Michelle foram "treinadas" para não fugir. Por várias vezes, Ariel fingiu ter saído de casa para surpreender as mulheres e torturá-las, em caso de fuga.
MANIPULAÇÃO "Ariel Castro usou o medo e a intimidação como as principais formas de controle das reféns. Ele ameaçava as mulheres para que não fugissem. E prometia recompensá-las, caso cooperassem. Era uma manipulação física e emocional bastante sólida", explicou por telefone Timothy A. Dimoff, um renomado consultor de segurança em Ohio, ex-detetive e agente federal. De acordo com ele, o sequestro das três mulheres tinha como motivações a submissão e o abuso sexual. "Depois de 10 anos de estupros, jamais se recuperarão completamente do trauma. Precisarão aprender a se reajustar ao mundo real. Mas algumas das cicatrizes jamais se fecharão", comentou Dimoff. "Raptos com fins sexuais são muito mais comuns nos Estados Unidos do que se imagina."